Mozper

Gabriel Roizner, CEO do Mozper. Foto: divulgação

Desde agosto de 2020 atuando no México, a plataforma de educação financeira voltada para crianças e adolescentes Mozper (Android, iOS, HarmonyOS) anunciou na quinta-feira, 28, sua chegada ao Brasil. Em seu país de origem, a startup testou seu produto até fevereiro de 2021 e, desde então, vem crescendo 30% mês a mês. A expectativa da empresa é chegar até o final de 2022 com 300 mil usuários brasileiros cadastrados na plataforma, entre pais, mães, responsáveis e filhos.

No Brasil, a plataforma precisou fazer algumas modificações. Além de ter sido totalmente traduzida para o português, ganhou modificações em UX e adaptações para receber o Pix.

“Para vir ao Brasil, mudamos o design, que foi feito do zero. E lançamos a versão 2.0 do aplicativo. É um app fácil para todos, mas não subestima a criança. Não é um jogo, mas um app de educação financeira”, explica o Gabriel Roizner, CEO do Mozper.

O Mozper é uma conta corrente, com funções normais como transferências via Pix, TED saques em caixas automáticos. Mas sua plataforma tem alguns diferenciais e, para isso, atua em três verticais: criar tarefas para aprender a ganhar dinheiro. Exemplo: se a criança limpar o quarto, ganha um valor, lavar o carro etc. A segunda é a meta para poupar – como para uma viagem. E a terceira, é definir para onde vão os gastos da criança – quando ela ganha um dinheiro ou recebe mesada. Neste caso, é possível definir para onde vão os gastos.

Neste caso, o app permite que responsáveis e jovens delimitem os gastos em diferentes categorias – estipuladas por eles e não pela plataforma. Por exemplo: a criança poderá gastar até R$ 80 reais em comida; R$ 100 em jogos online e R$ 50 em vestuário.

Com a abertura de conta, chega em casa um cartão para a criança. Ele tem bandeira Visa e tecnologia NFC (para pagamentos sem contato). E os adultos gerenciam o seu controle de gastos, podendo bloquear e desbloquear, caso o jovem esteja gastando demais (caso não tenham sido estipulados limites), além de acompanhar os gastos em tempo real.

“A gente não fala que é uma conta e um cartão, mas uma plataforma educativa. Queremos trazer para a mesa da família o papo de finanças”, resume Roizner.

MozperO cartão, inclusive, é secundário. Alguns responsáveis não oferecem a tarjeta para seus filhos ou demoram para liberá-la até que a criança esteja apta a usá-la.

Em breve, a empresa deverá lançar a funcionalidade para se ter mais de um perfil atrelado ao smartphone do responsável, de modo que as crianças que compartilham o telefone com o pai ou a mãe possam acessar a plataforma com o seu login. Ou seja, o menor de idade não precisará ter o seu próprio smartphone.

Outro diferencial do Mozper é a entrega do cartão, segundo o CEO. “Vimos alguns aplicativos concorrentes e as pessoas reclamavam muito da demora da entrega do cartão. Investimos para que a experiência seja ótima. Para isso, trabalhamos com a Thales, para a confecção dos cartões, e com a Loggi para a entrega”, diz.

“O Brasil é o maior mercado da América Latina e muito importante. Sempre esteve no nosso roadmap chegar até aqui. A pergunta que a gente fazia era quando chegaríamos ao Brasil. Aguardamos estar com o produto certo para vir e estamos orgulhosos da plataforma”, explica Roizner.

Modelo de negócio e perspectivas

O Mozper cobra uma mensalidade de R$ 25 ou anuidade de R$ 228 para o uso da plataforma. O outro custo adicional é o saque,

Futuramente, a plataforma deve incorporar funcionalidades de investimento. E, sobre expansão, Roizner diz que a startup deve ir também para a Colômbia, outro importante mercado da América Latina.

No Brasil, a plataforma conta com a parceria com a Dock.Tech, empresa que oferece soluções de banking as a service.