Os aplicativos de bancos instalados em smartphones ou tablets são, disparados, a ferramenta mais usada para transações financeiras no Brasil: 79% da população brasileira afirmou usar – sendo que 44% disse acessar os dispositivos diariamente. É o que aponta o estudo da Ipsos, a pedido da TecBan, que procurou mapear as percepções dos brasileiros sobre o open banking no País. A pesquisa foi realizada com abrangência nacional, entre os dias 4 e 10 de junho deste ano. Foram entrevistados 1 mil homens e mulheres das classes A, B e C, com acesso à Internet.

Mais da metade da população considerou relevantes os serviços que podem surgir com o open banking, sendo que as ferramentas de pagamentos instantâneos e os aplicativos “tudo em um” (gerenciamento financeiro) foram os mais atrativos. A tecnologia não pareceu ser um entrave: 71% do público se sente à vontade usando novas tecnologias.

Sobre uso e compartilhamento de dados, os resultados mostram que, em 2021, 46% dos brasileiros estão preocupados sobre como seus dados financeiros serão usados com o open banking. Este percentual era de 60% em 2018. “A preocupação com compartilhamento ainda é elevada, mas diminuiu, o que indica uma confiança maior para a realização de transações financeiras”, analisou Priscilla Branco, gerente de pesquisas da Ipsos.

Segundo ela, os bancos estabelecidos ainda detêm mais confiança em relação aos demais players do mercado. “As pessoas querem pagar contas por apps, mas a principal expectativa é a garantia de atendimento caso uma fraude ou algo de errado seja detectado. O consumidor espera receber suporte em caso de necessidade”, disse.

De acordo com Helio Gastaldi, diretor de public affairs da Ipsos, à medida que o consumidor vai tomando contato com a segurança que a plataforma oferece, os receios vão diminuindo e a utilização avança de maneira consistente.

Para finalizar, Tiago Aguiar, Head de Novas Plataformas da TecBan, completou a análise: “o consentimento é a base do open banking. Quanto mais explícito ele for, mais segurança as pessoas terão”.