A Nokia já vem conversando com desenvolvedores para seguir as exigências da portaria de aplicativos nacionais, publicada nesta quarta-feira, 28, pelo Ministério das Comunicações. No momento, por conta da recente divulgação das exigências, a fabricante não definiu os primeiros aplicativos que farão parte do pacote nacional nos smartphones que se encaixam na Lei do Bem. Mas a empresa declara que fará uma mistura de apps de grandes marcas e de pequenos desenvolvedores.  “A ideia é fazer um mix entre apps de grandes marcas, como bancos, e apps de start-ups e desenvolvedores menores que precisam de incentivo. O objetivo da Nokia é ajudar tanto o lado do consumidor, como o do desenvolvedor”, afirma Vanessa Calil, diretora de ecossistemas da Nokia.

Também podem entrar no pacote da fabricante aplicativos desenvolvidos pelo Projeto de Universidades, no qual a empresa e o Instituto Nokia de Tecnologia fazem parceria com faculdades para treinar estudantes a desenvolver no ambiente mobile. “No ano passado, treinamos 4.500 estudantes de mais de 40 universidades, e mais de 500 apps foram publicados”, diz Calil.

As parcerias da Nokia com os desenvolvedores não vão incluir nenhum modelo comercial, segundo a executiva, o que significa que o desenvolvedor e a fabricante não receberão ou pagarão nada pelo acordo, uma vez que um lado é beneficiado com a divulgação do app, e o outro, com o cumprimento da exigência. “Vamos usar o modelo que os dois lados ganham, o objetivo é fomentar o desenvolvimento local e oferecer um valor adicionado aos nossos consumidores. Então, não pagariam nada, não há nenhum modelo comercial em volta disso”, afirma.

A empresa escolheu distribuir seu pacote por meio de uma aplicação embarcada com uma lista dos apps nacionais. No caso da família de smartphones Lumia, a fabricante já disponibiliza o app “Melhores Aplicativos”, que terá uma coleção de destaque para os nacionais. No caso da família Asha, a intenção também é criar uma coleção dos apps nacionais dentro da loja da Nokia.  A executiva aponta que dessa forma, todos os usuários desses modelos terão acesso aos aplicativos nacionais, inclusive os que já possuem os smartphones.

A Nokia vê a portaria de forma positiva e acredita que o cronograma estabelecido pode ser cumprido. “A portaria está alinhada com as prioridades da Nokia para montar um ecossistema de desenvolvimento local. Já temos uma área que suporta esses desenvolvedores. E o cronograma está bem coerente, tem um crescimento gradual que vamos incorporar”, diz Calil.