Os fundadores da GO: Simiao Fernandes, Felipe Alves e Rafael Castro (da esquerda para a direita)

A startup GO acaba de lançar em São Paulo um serviço de assinatura mensal para uso de três meios de transporte compartilhados: carros, bicicletas (elétricas e manuais) e patinetes elétricos. Por R$ 499 ao mês, o assinante tem direito a usar 60 horas de carro e 80 horas de patinetes e bicicletas elétricas – o uso das bikes manuais não tem limite de tempo. Em breve serão lançadas mensalidades mais baratas para cada um desses meios de transporte separadamente. Mas a grande novidade virá em 2020: a GO pretende aceitar o vale-transporte como forma de pagamento, se tornando uma alternativa de condução para trabalhadores com carteira assinada. A startup já está tratando do seu credenciamento junto a duas grandes empresas de cartões de benefícios.

“Esse começo de operação é um ensaio para depois termos a assinatura de veículos para pessoas com vínculo empregatício. Há 49 milhões de pessoas empregadas no Brasil. 74% levam mais de 1 hora para chegar até o trabalho. Queremos ser uma opção de transporte para os trabalhadores”, explica Rafael Castro, fundador e CEO da GO, em entrevista para Mobile Time.

No momento o serviço possui uma frota de 10 carros, 130 patinetes, 30 bikes elétricas e mais de 100 bicicletas manuais. Por enquanto os veículos estão disponíveis apenas no bairro da Vila Olímpia, em São Paulo, mas o serviço está sendo expandido gradativamente e deve chegar a outros bairros próximos, como Moema e Itaim, ainda neste ano. Paralelamente, a frota está aumentando e será de 500 veículos em janeiro. A empresa trabalha com a seguinte proporção: para cada 10 assinantes é preciso ter um carro, cinco bikes e cinco patinetes.

Os carros, por enquanto, ficam estacionados em condomínios e precisam ser retornados para a mesma base. Mas em uma próxima fase estarão também em estacionamentos conveniados e poderão ser retornados a qualquer base cadastrada no sistema da GO. Através do app da startup é feita a reserva de um carro e a abertura da sua porta. Adicionalmente à assinatura, a GO cobra R$ 0,50 por quilômetro rodado, para arcar com os custos de combustível. Ao devolver o automóvel, o usuário faz um autochecklist, enviando quatro fotos do veículo pelo app.

Todos os carros, patinetes e bikes são equipados com um dispositivo que coleta informações sobre seu uso e envia para a plataforma da GO através da rede móvel. No caso dos carros, por exemplo, são monitorados 42 diferentes dados. Os patinetes são ligados e desligados por esse dispositivo, que também dispara alerta em caso de colisão e informa se o patinete está caído no chão.

Projeções

Os sócios da GO investiram até agora R$ 1,2 milhão no projeto, com recursos próprios. Até o final de 2020, a projeção é alcançar 1 mil assinantes, com uma frota de 100 carros, 500 patinetes e 500 bikes. “Daí vamos analisar os resultados operacionais e financeiros e avaliar uma expansão. Nosso plano é levar o serviço para Rio de Janeiro e Florianópolis”, diz Castro.