O country manager de ISG da Lenovo no Brasil, Cláudio Stopatto, afirmou que a companhia não vê o desenvolvimento da inteligência artificial no Brasil apenas com equipamentos ou programas. Durante o lançamento do Lenovo AI Innovators para a América Latina nesta terça-feira, 28, o executivo explicou que acredita em uma espécie de caminho do meio para a IA.

Embora afirme que a Lenovo é uma empresa com stack completo (PCs, servidores e interfaces edge para desenvolvimento, treinamento e aplicação de IA na ponta com placas da NVIDIA), o executivo explicou que a companhia também aposta em ajudar a desenvolver softwares para inteligência artificial. Tanto que a iniciativa AI Innovators é uma prova disso, pois está buscando por fornecedores independentes de software (ISVs) e suas aplicações para atender demandas da indústria.

“Não existe a preocupação se o crescimento (da Lenovo) é mais software que hardware. O mais importante é ser parte central desse movimento [IA]”, disse o executivo, ao complementar que mesmo antes de avançar em tecnologias mais complexas, como fábricas de IA, o país precisa desenvolver mão de obra e resolver “gargalos”.

Por sua vez, Nicholas Borsotto, head do Lenovo AI Innovators, afirmou que o Brasil tem lideranças em alguns setores – como finanças –, logo, é natural que esses setores criem aplicações de IA que eliminem gargalos, mas não precisam necessariamente de datacenters complexos, uma vez que podem desenvolver com um PC local ou conectado à nuvem. Afirmou que independente da estrutura escolhida, a ideia da Lenovo é ajudar empresas pequenas a serem médias e médias a serem grandes.

Borsotto explicou ainda que o caminho do meio também é visto na estratégia das empresas, uma vez que elas não querem ser apenas consumidoras de IA ou criadoras de IA, mas querem fazer ambos. Ou seja, comprar tecnologia, ao mesmo tempo que a desenvolvem.