Os tablets ainda estão longe de ser uma realidade entre as grandes corporações do Brasil. Uma pesquisa realizada pela DR&M com uma amostra retirada das mil maiores empresas do País revela que 81,5% não têm o aparelho e sequer planejam adquiri-lo por enquanto. O ponto positivo é que, dentre estas, 48,4% estão abertas a conhecer mais sobre o produto, o que pode fazer com que reformulem sua decisão. "O tablet é um produto novo, em início de carreira", justifica Dylan Rees, sócio-diretor da DR&M. Ele lembra que há entre as maiores empresas do Brasil muitas indústrias com funcionários concentrados em um único local, sem grande mobilidade. Apenas 14,5% das companhias responderam que utilizam tablets; 3,1% pretendem comprar e já  estão testando modelos; enquanto 1,9% pretende adquirir mas ainda não iniciou testes. O estudo entrevistou executivos da área de TI.

Dentre aquelas empresas que já utilizam tablets, 70% disseram ter entregado o dispositivo para seus diretores e 21,7%, para gerentes. "Toda novidade tecnológica começa pela diretoria, simplesmente por uma questão de status", comenta Rees. As áreas comercial, técnica e administrativa receberam tablets em 17,4%, 8,7% e 4,3% das companhias que usam o aparelho, respectivamente. Quando analisada a distribuição dos terminais em volume de unidades, a área comercial responde por quase 80% do total.

Finalidade

Para as empresas que possuem tablets, a pesquisa perguntou quais as principais finalidades de uso. Chama a atenção o fato de apenas 39,1% terem respondido que usam para acesso aos sistemas corporativos. As principais finalidades são aquelas mais básicas: acesso à Internet (91,3%), e-mail (87%), envio de relatórios (65,2%), envio de pedidos (60,9%) e baixar arquivos (56,5%). Entre aquelas que pretendem comprar o produto, as finalidades mais citadas são também acesso à Internet (80%) e e-mail (60%). O estudo revela que a Samsung é a marca mais presente entre as companhias que estão realizando testes com tablets, seguida de Apple, Motorola e ZTE.

Essa foi a primeira pesquisa da DR&M sobre o interesse do mercado corporativo brasileiro por tablets. A empresa pretende repetir o estudo daqui em diante de seis em seis meses.