Mayra Borges, VP da Getnet (divulgação: Abecs)

A vice-presidente de negócios da Getnet, Mayra Borges, acredita que a solução de pagamento por aproximação usando o celular do comerciante como máquina de POS, conhecido como “tap on phone”, terá um desafio de confiança e aculturamento de uso junto ao consumidor nas transações acima de R$ 200, além de incentivar casos de uso mais seguros e próximos do seu cotidiano.

Durante o CMEP 2023 nesta quarta-feira, 29, a executiva explicou que há duas fases de evolução dessa solução de pagamento. Na primeira, o usuário encosta o cartão no celular do comerciante para fazer pagamento via NFC sem senha para pagamentos abaixo de R$ 200. A outra é com transações acima de R$ 200. Neste caso, o cliente precisa digitar a senha no celular da pessoa, que pode gerar receios e ceticismo por parte do pagador adicionar seu PIN em um celular de desconhecido.

“Nessa segunda etapa tem um desafio para indústria: como divulgar isso? Se pensar nesse cenário de digitar a senha no celular de um terceiro, esse movimento tem que começar nos pagamentos de pessoas que conhecemos, como manicure, padeiro e personal trainer. Com os use cases teremos mais segurança e mais avenidas para desbravar no tap on phone”, explicou.

Para Borges, o tap on phone é uma das principais tendências para os próximos anos da indústria de pagamentos e tem o poder de desmaterializar o POS.