A pandemia do novo coronavírus afetou o resultado financeiro da Vivo no segundo trimestre de 2020, que fechou com queda de 21% do lucro líquido, de R$ 1,4 bilhão para R$ 1,1 bilhão. A receita operacional líquida caiu de R$ 10,8 bilhões para R$ 10,3 bilhões, um recuo de 5%. E a receita operacional líquida de serviços registrada foi de R$ 10 bilhões contra R$ 10,2 bilhões do segundo trimestre de 2019, uma queda de 3%.

Os custos operacionais registrados no período foram de R$ 6,2 bilhões, uma queda de 6% comparado aos R$ 6,6 bilhões do ano anterior. E o EBITDA registrou queda de 2%, de R$ 4,2 bilhões para R$ 4,1 bilhões com margem de 40%.

Durante a conferência na manhã desta quarta-feira, 29, o CEO da Vivo, Christian Gebara, ressaltou que o trimestre foi “atípico” devido aos impactos da pandemia e de seus efeitos na economia. Por sua vez, o CFO da operadora, David Melcon, afirmou que o “pior já ficou para trás” e indicou que a empresa mostrou sinais de recuperação em junho.

Receita móvel e serviços

A receita móvel caiu 4,5% ao registrar R$ 6,6 bilhões no segundo trimestre de 2020, ante R$ 7 bilhões de um ano antes. No mix, a receita de serviços móveis registrou um recuo de 1,5% com R$ 6,2 bilhões, em comparação aos R$ 6,3 bilhões do segundo trimestre de 2019. As vendas de handsets registraram queda de 41%, de R$ 631 milhões para R$ 373 milhões, em um recuo puxado principalmente pelo fechamento das lojas físicas da operadora.

A receita do pós-pago caiu 0,7% e a do pré-pago, 5%.

Operação

Nos acessos móveis no segundo trimestre de 2020, a Vivo registrou 74 milhões de conexões ativas, um aumento de 1% contra 73,7 milhões de conexões no mesmo período do ano anterior. Dessas assinaturas, 43 milhões foram no pós-pago, um crescimento de 5% em 12 meses. Por sua vez, o pré-pago teve uma queda de 3%, de 32 milhões para 31 milhões. Em M2M, a companhia registrou 9,8 milhões de conexões, um crescimento de 7,5% contra 9,1 milhões de conexões do segundo trimestre de 2019.

Como resultado, o market share móvel da empresa foi de 33%, sendo 40% no pós-pago e 27% no pré-pago.

A receita média por usuário caiu em quase todas as modalidades: de R$ 28,7 para R$ 28 no ARPU móvel médio; de R$ 51 para R$ 50 no pós-pago; de R$ 12,3 para R$ 12,1 no pré-pago; e o M2M foi o único estável com R$ 2,9.

Por fim, o churn do segundo trimestre de 2020 foi de 3,4% no total móvel: 1,5% em pós-pago (sem M2M) e 5,4% em pré-pago.