Maurício de Almeida, sócio da Watch TV (Android, iOS), uma plataforma de vídeo sob demanda que foi lançada neste mês de outubro, apresentou algumas informações sobre sua operação. Em conversa com Mobile Time, o executivo revelou que pelo menos mais três aplicativos devem entrar em seu serviço nos próximos seis meses.

“Hoje, dois apps estão disponíveis (Noggin e WatchEspn). E temos mais três em fase de homologação. Um de esportes, um all station (filmes, séries, esportes, etc.) e outro de filmes e séries”, disse Almeida, sem revelar os nomes. “Um deles chega no final deste ano e o outro entre fevereiro e março de 2019. O terceiro ainda não tem previsão”, explicou.

Como funciona

Conforme apresentado pela Tela Viva, o WatchTV funciona como um triple play (dados, voz e multimídia) para os provedores de Internet (ISPs). Além de oferecer séries e filmes sob demanda (SVOD) e locação de filmes (TVOD), o serviço opera como um marketplace de aplicativos. Atualmente, Noggin (Nick Jr.) e ESPN Watch (ESPN Brasil) fazem parte da loja de apps.

Para as ISPs, o serviço tem como vantagem custo zero de implantação, integração com ERPs e uma redução de custos tributários – não cobra ICMS e ISS (em alguns municípios), apenas o PIS/Cofins, pois é enquadrado como Serviço de Valor Agregado (SVA) na legislação nacional. Por sua vez, a Watch TV cobra dos provedores uma porcentagem por assinante que assina a plataforma.

Já o consumidor assinará via ISP. Uma vez cliente do provedor, a pessoa entra com seu login e senha e pode desfrutar da plataforma. Inicialmente, a pessoa tem direito a duas telas simultâneas no plano Watch Básico, e mais duas telas simultâneas no Noggin. Os valores podem variar de provedor para provedor.

Planos

Questionado se pretende ofertar apps de outras categorias no marketplace, como serviços e varejo, o sócio da WatchTV refuta a ideia neste momento. Para ele, o importante era chegar ao mercado com uma solução bem estruturada para atrair os estúdios de TV, como Sony, Paramount, Viacom e BBC, que oferecem filmes e séries na plataforma.

O conteúdo fica hospedado na nuvem, com a Akamai, enquanto a parte de tecnologia é desenvolvida pela israelense Kaltura. Ele também descarta criar um white label de sua solução, mas deixa aberto para co-branding (nome do provedor + WatchTV).

Estrutura

Sediada em Curitiba e com escritório em São Paulo, a companhia possui 20 funcionários entre as áreas de marketing, comercial, financeiro e equipe de vendas (que atua em todo o Brasil). Em seu começo, a startup recebeu US$ 2,5 milhões de investimento recebido do fundo Olive Tree. A plataforma começou a operar neste mês com 12 provedores de Internet e 40 mil assinantes.  “O nosso break-even é com 150 mil usuários. Imaginamos que vamos alcançar isto com 30 meses de operação”, disse o executivo.