Erick Bretas está no comando da Globoplay

Não existe uma guerra de streamings, mas uma festa de opções para o consumidor. É o que acredita o responsável pelas operações da Globoplay, Erick Bretas. “O usuário está empoderado. Ele pode escolher o que quiser e trocar de um serviço para o outro se não estiver mais satisfeito”, disse. O executivo apresentou números de pesquisas desenvolvidas internamente na empresa, que não apenas reforçam sua teoria, como mostram que o País já incorporou essa opção de entretenimento. 63% dos brasileiros consomem vídeo online, podendo ser YouTube ou qualquer serviço do tipo, e 56% têm planos de dados. Outro ponto importante é que 50% das classes D e E consomem vídeo on demand, 48% têm pacotes de dados e 50,2 milhões de pessoas possuem acesso de OTT. “Muitas vezes, as pessoas usam o Wi-Fi do trabalho e baixam o vídeo para assistir mais tarde. Nem todos pagam, muitos compartilham senhas”, comenta.

Durante sua passagem pelo Wired Festival 2019, Bretas disse que 40% do consumo de vídeos do Globoplay provém de celulares e outros 40%, de smartTV. “É muito importante o celular. Especialmente depois da funcionalidade do download to go, ele permite que a pessoa veja no metrô, no ônibus, enquanto está se deslocando. Ele é muito importante, mas a gente sabe que o contexto preferido de consumo é a tela grande. A tela conectada é a que mais cresce”.

Bretas explicou que as produções mais relevantes do Grupo Globo – ou seja, as mais arrojadas, as mais modernas em termos de linguagem – serão lançadas em primeiro lugar na Globoplay e, em seguida, vão para as outras janelas. Para 2020, por exemplo, a expectativa é que o streaming lance 16 produções originais, sendo sete feitas nos estúdios Globo, e nove coproduções desenvolvidas em parcerias com produtoras independentes.

A promoção cruzada feita com diferentes plataformas do Grupo Globo é outra arma da Globoplay, segundo o executivo. A empresa usa a Globo.com, a TV Globo, o G1, o Globoesporte.com para promover as produções desenvolvidas pela plataforma de streaming.

Também para o ano que vem, a previsão é que do Brasil tenha cerca de 10 opções de streaming de vídeo. A Disney anunciou sua vinda, a HBO Max deve chegar em 2020 ou 21, além da Starz, que já anunciou que vem para o País. “Talvez tenhamos um total de 10 serviços para o público brasileiro. E a gente acha que há espaço para o nosso crescimento”, diz otimista.