Galaxy S10 5G: em 2019, lançamento foi antecipado para garantir que a Coreia do Sul fosse o primeiro país com rede e celular 5G

A divulgação do relatório financeiro da Samsung para 2019 trouxe resultados globais abaixo do esperado para a companhia. Neste cenário, a sul-coreana aposta todas as suas fichas em 2020 na quinta geração das redes móveis.

De acordo com os executivos da empresa durante a divulgação do seu balanço anual nesta quinta-feira, 30, o 5G guiará o crescimento da Samsung em seus negócios de memória, chipset, telas, redes e smartphones.

Ben Suh, vice-presidente sênior de relação com investidores da Samsung, explicou que a companhia deve ter investimento em fabricação de chips de inteligência artificial, 5G, além de esperar um aumento de vendas em equipamentos de rede 5G no exterior – mas com redução no mercado sul-coreano –, expansão das vendas de telas OLEDs, sensores de câmeras, chipsets e handsets.

Redes e Handsets

Em redes, Jong MinLee, vice-presidente sênior de comunicações móveis da Samsung, disse que espera um incremento na comercialização de equipamentos para os mercados norte-americano, chinês e japonês, este último em expansão com a operadora KDDI, e pela proximidade dos jogos olímpicos em Tóquio em julho deste ano.

Por sua vez, nos smartphones, a Samsung trabalha com duas frentes. A primeira é a venda de insumos como memórias, chips e telas. Nesta área, MinLee explicou que trabalham com possibilidades de atuação em um mercado de 100 a 300 milhões de handsets com 5G.

Na outra ponta, como fabricante, o executivo afirmou que haverá expansão do portfólio de celulares 5G em diversas faixas de preço. Inclusive, o VP confirmou mais dispositivos com 5G na família Galaxy A e o lançamento da segunda edição do smartphone dobrável no próximo mês, o Galaxy Z, ao lado dos novos modelos da família S.

Resultados de 2019

A Samsung terminou o ano com uma receita de vendas de 230 trilhões de wons (US$ 210 bilhões, na conversão do dia 31 de dezembro de 2019), uma queda de 5% ante 243 trilhões de wons obtidos um ano antes. O lucro operacional caiu 31 pontos percentuais, de 59 trilhões de wons para 27 trilhões de wons. A margem EBITDA recuou 10 pontos percentuais, de 34% para 24%.

Os gastos subiram de 132 trilhões para 147 trilhões de wons, um incremento de 12%. E o lucro líquido caiu pela metade, de 44 trilhões para 21 trilhões de wons.