O AppGuardian (Android, iOS), aplicativo de controle parental recebeu recentemente novas funcionalidades e pretende expandir, ainda no primeiro semestre deste ano, para a América Latina.

“Estamos conversando com parceiros em países como Colômbia e México que nos ajudem na expansão”, explica a CEO do app, Luiza Mendonça. As versões em inglês e espanhol deverão estar disponíveis até o final de março. “Acredito que ainda no primeiro semestre devamos entrar no ar nesses países”, completa.

Para a expansão, Mendonça procura parceiros como operadoras de telefonia ou varejistas para atuarem no modelo B2B2C. As operadoras ofereceriam a seus clientes o aplicativo como um serviço de valor agregado. A CEO explica que o aplicativo poderia estar numa “preteleira” de um e-commerce ou como um SVA no carrinho de compras, por exemplo, em sites que vendam produtos ligados ao universo do AppGuardian, como sites de viagens, de brinquedos eletrônicos.

“Com parceiros, aceleramos nossa expansão, nosso crescimento. E pensamos nas operadoras porque elas têm uma penetração muito forte na América Latina. Elas detém uma boa massa de usuários e têm muita influência, além de permitir diferentes meios de pagamento. O México, por exemplo, é muito parecido com o Brasil. Quando falamos de cartão de credito, ainda há um mercado muito grande a ser atingido. Os cartões pré-pagos e as faturas que vão direto ao cliente são meios que facilitam para que o app tenha uma maior adesão de clientes”.

No Brasil, em um ano, o AppGuardian atingiu cerca de 100 mil downloads e conta com uma base de 50 mil usuários mensais – grátis e freemium. “Já somos parceiros da Algar e Nextel. Apesar de 90% dos nossos usuários estejam no País, funcionamos globalmente e hoje temos usuários também em Portugal, EUA e Inglaterra. Muito provavelmente são brasileiros e lusófonos”, explica Mendonça.

Novas funcionalidades

No fim de 2019, o AppGuardian ganhou novas funções e incrementou seu serviço de monitoramento parental.

A primeira delas é a navegação segura, com um browser instalado no aplicativo para que os pais possam monitorar mais de perto em quais sites seus filhos entram. O YouTube também passa a ser monitorado a partir do momento em que o responsável bloqueia seu acesso pelo aplicativo e o permite pelo browser dentro do AppGuardian. Dessa maneira, o pai ou a mãe pode ver o que a criança está acessando.

Por fim, em “SOS pai” os responsáveis fazem o acompanhamento do que o filho faz no celular em tempo real.

Em “navegação segura”, o responsável pela criança pode configurar para que o app emita notificações de alerta de bateria, de pesquisa de conteúdo impróprio feita pela criança ou se acessa um site de conteúdo impróprio.

O pai ou a mãe também pode ver o histórico de apps instalados e desinstalados. “É uma forma deles entenderem o que seus filhos estão procurando”, explica Mendonça.

Para todos os tipos

Mendonça explica que o aplicativo é para todo o tipo de família. Pode funcionar para quem controla mais os filhos, mas também para aqueles que procuram apenas saber o que seus pequenos fazem no smartphone.

“É uma forma de organização da rotina. Limitar acesso às telas ou ao tempo de uso. Por isso, quem quer informações de uso tem relatórios de acesso –quanto tempo a criança ficou nos aplicativos e na navegação web – e acompanhar o conteúdo pela navegação segura. Já para as famílias que desejam ter um maior controle, é possível realizar bloqueios, se necessário. A gente quer também conscientizar os pais: o AppGuardian é classificado como aplicativo de controle parental, mas queremos que haja uma conexão entre pais e filhos. É uma nova geração, tudo é diferente, inclusive a forma de se comunicação. Eles precisam se entender”.

O AppGuardian é recomendado para o uso de crianças de 7 a 12 anos. Porém, 80% do público está concentrado entre 7 e 15 anos. “Temos usuários de 5 a 18 anos e sabemos que o início da mudança na rotina deles com o AppGuardian pode ser difícil. Mas, aos poucos, eles notam um ganho na qualidade de vida. Dormem mais cedo e melhor. Acabam entendendo as vantagens. Mas as primeiras duas semanas são as mais difíceis”.