Resultados da pesquisa para: Claro

Comércio móvel: iFood, Ingresso.com e Uber dominam seus respectivos segmentos no Brasil

Três segmentos de serviços online to offline (O2O) no Brasil têm líderes claros: iFood, em delivery de comida; Ingresso.com, em venda de ingressos para eventos; e Uber, em corridas de táxis e/ou carros particulares. É o que informa a nova edição da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre comércio móvel no Brasil, que entrevistou 1.426 internautas brasileiros que possuem smartphone ao longo do mês de setembro.

58% dos internautas brasileiros com smartphone já solicitaram uma corrida de táxi ou carro particular através de um app ou site móvel. Um ano atrás, essa proporção era de 37%. Entre os usuários desse tipo de serviço, 86% apontam o Uber como seu app favorito nesse segmento. A empresa norte-americana deu um salto em 12 meses: na edição de um ano atrás era citada como a preferida de 66% dos usuários. O 99 segue em uma distante segunda posição, como o favorito de 6% do público – mas já esteve com 19%, um ano atrás. Merece destaque a gradual ascensão do Cabify. Um ano atrás ele não aparecia no ranking. Seis meses atrás, figurou pela primeira vez, citado por 1,8% do público, e agora subiu para 3,5%. O Easy continua perdendo espaço e apenas1,7% diz tê-lo como favorito.

Delivery de comida

Em um ano, subiu de 38% para 47% a proporção de internautas brasileiros com smartphone que já pediram uma refeição através de app ou site móvel. Este segmento é mais fragmentado que aquele de apps de táxi/carros particulares. 26% dos usuários desse tipo de serviço declaram como app preferido títulos variados, todos com menos de 1% do total de menções e que acabaram agrupados como “outros” no ranking da pesquisa. São, em sua maioria, apps próprios das cadeias de restaurantes, como Bob’s, Habib’s e China in Box, por exemplo.

A liderança absoluta, porém, continua nas mãos do iFood, um marketplace de delivery de comida, que é o preferido de 61% dos usuários. Muitas das redes que têm app próprio também estão presentes no iFood. Seu domínio foi consolidado ao longo dos últimos dois anos, graças à intensa campanha em mídia de massa. Em setembro de 2015, o iFood era o favorito de 49% dos usuários.

Nos últimos meses chegou um player novo chamando a atenção: o UberEats. O serviço de delivery de comida do Uber entrou em operação no Brasil no meio do ano e já é o preferido de 3% dos brasileiros que pedem comida pelo smartphone. Considerando que ele está em atividade em poucas cidades e com um número relativamente pequeno de restaurantes, é razoável supor que tem bastante potencial de crescimento.

Ingressos

Tal como no segmento de delivery de comida, a venda de ingressos pelo smartphone é dominada por um aplicativo de marketplace, neste caso, o Ingresso.com. Ele lidera com folga há dois anos, desde que o mercado começou a ser acompanhado por esta pesquisa. No momento, é o preferido de 45% do público. Recentemente, passou por uma importante atualização, reformulando completamente o seu layout. O impacto talvez possa ser sentido na próxima edição da pesquisa.

Em segundo lugar aparece o aplicativo da rede de cinemas Cinemark. Considerando que ele vende apenas ingressos para cinema e somente de uma rede específica, ser o preferido de 9% dos usuários é um resultado expressivo. Vale destacar que o app do Cinemark é desenvolvido pela mesma empresa responsável pela Ingresso,com, a Fandango.

Os rankings completos e vários outros dados sobre comércio móvel no Brasil estão disponíveis no relatório da pesquisa, que pode ser baixado de graça no site do Panorama Mobile Tim/Opinion Box. A pesquisa tem validade estatística, com grau de confiança de 95% e margem de erro de 2,2 pontos percentuais.

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5G: Anatel quer se antecipar e destinar faixas para 5G antes de decisão da UIT

A Anatel pretende realizar uma consulta pública no começo do ano que vem para tratar da destinação das frequências altas para 5G, as ondas milimétricas, antes mesmo da decisão da União Internacional de Telecomunicações (UIT) na conferência mundial de 2019 (WRC-19) sobre o espectro a ser utilizado na quinta geração. Segundo o conselheiro da agência, Igor de Freitas, a possibilidade de antecipar o cronograma global com faixas como 26 GHz e 40 GHz, modificando a canalização, está atualmente na agenda da autarquia. “Acho que daria para discutir isso já no primeiro semestre do ano que vem, temos matéria em pauta trabalhando isso já”, declarou ele a este noticiário.

Ele reconhece que há risco em se antecipar com essa “gestão de espectro mais ousada”, mas que há a percepção para a indústria móvel que convém essa movimentação para chegar à WRC-19 com “decisões próximas de serem tomadas ou já liberadas”, disse mais cedo, durante debate na Futurecom desta quarta-feira, 4. “Nessas faixas, você poderia oferecer 200 MHz para cada empresa, e aí a capacidade cresce muito. São faixas sensíveis, mas a regulamentação da Anatel são com canalização, potência, altura de antena, compatíveis com (mercado de) 10, 15 ou 20 anos atrás”, disse.

Freitas diz que não acredita que 28 GHz deva ser uma faixa a ser trabalhada no Brasil (até porque está destinada a uso de satélite em banda Ka), mas que nas faixas de 26 GHz e 40 GHz é possível a convivência de serviços de transmissão de enlaces de ponta a ponta com o serviço para usuário final. “Além de destinação, (a ideia é) estudar formas de uso, explorar alocação dinâmica e compartilhamento de espectro”, aponta. A questão dessas faixas já deverá ser pauta da reunião do conselho diretor nesta quinta-feira, 5, embora ainda sem decisão definitiva de encaminhamento. “Mas se o conselho entender que cabe, (espera-se) seguir adiante nesta linha.”

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Futurecom 2017: Entraves regulatórios e seu impacto sobre a competição são debatidos por especialistas

O setor de telecomunicações passa por uma série de mudanças tecnológicas e de negócios, mas ainda não definiu como tratá-las do ponto de vista regulatório. As operadoras pedem por menos regulação para investir, associações setoriais querem mais regulação para expandir redes no interior, e a Anatel acredita em um modelo de regulação mais maleável, com foco em lugares onde não há muita competição. O atual cenário regulatíório no Brasil e seu impacto na competição foram debatidos em painel na Futurecom nesta terça-feira, 3, em São Paulo.

“Eu vejo que o setor está preso entre o futuro e algumas coisas do passado. Estamos baseados no modelo de 19 anos atrás. A Internet de 2003 não é mesma Internet de agora”, resume Dustin Alan Pozetti, sócio da KPMG. 

Uso dos TACs

A aprovação dos Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) da Vivo pelo Tribunal de Conta da União (TCU) foi um dos temas da palestra de executivos do setor de telecomunicações (exceto a própria Vivo) nesta terça-feira, 3, no segundo dia de Futurecom. Durante o painel que analisou temas pertinentes à regulamentação das teles no Brasil, os executivos pediram mudança em relação ao uso do mecanismo, com foco na população.

“Praticamente coincidindo com a notificação do TCU, a Telefónica havia escolhido as cidades par aonde iria expandir sua rede por conta dos TACs. Acho que não é isso que o TCU liberou. É para ser em prol da sociedade, não para investir na própria rede”, disse Basílio Perez, presidente do conselho da Abrint. “As cidades escolhidas são categorias 2, já tem outras competidoras neste local, e vai ser desleal para elas. Para nós (Abrint), o dinheiro do TAC tinha que ser usado em redes compartilhadas, que todo mundo pudesse usar, mesmo que fosse fibra. Do jeito que está se desenhando é no mínimo imoral”.

O tema também foi abordado por Carlos Eduardo de Faria Franco, diretor de relações regulatórias da TIM. Ele acredita na necessidade de criação de redes compartilhadas, uma vez que a deficiência do backhaul poderá ser suprida por esse mecanismo.

Abraão Balbino Silva, superintendente da Anatel, ressaltou que, na visão da agência reguladora, o uso dos mecanismos compensatórios traz uma “lição de casa” para as empresas. Para ele, as companhias precisam respeitar a competição local e entender os impactos que os TACs trarão para áreas competitivas e não competitivas.

“Essa competição não é homogênea. Uma coisa é falar de competição em São Paulo. Outra é comparar com o Nordeste. Não dá para falar de regulamentação sem pensar em segmentar o País”, disse Silva. “O Plano Geral de Metas de Competição (PGMC) propõe dividir o País em quatro áreas de competição (um dégradé regulatório). Nos locais que têm competição eu tenho que entender que precisa de menos Estado”.

OTTs e desregulação

A advogada Silvia Melchior, sócia da Melchior, Micheletti, Amendoeira Advogados, sugere que o papel da Anatel seja mais presente, em especial com o desenrolar da PLC 79. “Entendo que precisamos focar a regulação com foco na concorrência. Regular é monitorar, fiscalizar e aplicar multas às vezes. A PLC 79 não pode se prestar a reduzir competição. Se a empresa tem problema de fluxo de caixa, que seja absorvida. Telecom ainda é infraestrutura”, argumentou. “A competição é uma coisa que acontece de forma dinâmica, ela pode travar as atividades de uma empresa, e a atuação do órgão regulador precisa ser muito forte”.

Do lado das operadoras, Oscar Petersen, diretor jurídico da Claro, pediu por menos regulação no mercado, um processo que considera sem volta, uma vez que para tudo há alguma regra hoje em dia. Carlos Eduardo Monteiro disse acreditar que o caminho está a desregulamentação do mercado.

Sobre as OTTs, Petersen disse ao Mobile Time que não vê a necessidade de regulação, como acontece com as operadoras, mas acredita que pode existir uma cobrança para elas, uma vez que usam suas redes. Já Basílio Perez, da Abrint, entende que as OTTs são apenas usuárias das teles e não competidoras. E entende que mexer com as OTTs pode interromper a inovação. Porém, defendeu uma desregulamentação e diminuição de cargas tributárias para as operadoras.

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