Tentei, tentei muito escapar de dar celulares para as minhas filhas. Primeiro porque tudo vem em dobro. São gêmeas. Então, dois celulares, dois planos e por aí vai. Fora que 12 anos é cedo. Vai, é cedo. Ok, de acordo com a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box Crianças e Adolescentes com Smartphones no Brasil, de outubro de 2024, sou uma mãe antiquada: 76% das crianças entre 10 e 12 anos já têm telefones celulares próprios. E sou, mesmo.
Mas não deu. Pelo bem da vida social das meninas, deixamos as avós darem smartphones para elas de aniversário. Mas com isso, veio também um controle daquilo que elas estão usando e fazendo nos dispositivos. Para isso, comecei a usar o Family Link (Android, iOS), aplicativo do Google de controle parental.
Com ele, consigo estipular quanto tempo por dia as meninas têm direito a ficar no celular e em qual período posso bloqueá-lo completamente. Posso ver o tempo que elas gastam em cada aplicativo, a média de tela na última semana. Bloqueio a possibilidade delas baixarem aplicativos na loja, limitar o uso de apps, restringir conteúdos, além de saber sua localização.
Na gestão de autorizações, posso ver e gerir autorizações de extensões e websites acessados através do Chrome. E também é possível saber como anda a bateria do aparelho.
Elas não têm redes sociais – só de mensageria. O celular funciona como uma forma de socializar entre os amigos. Ou seja, chegou aquele momento que só sei das combinações com as amigas depois de tudo marcado – e eu que me vire.
Porém do Family Link
O único porém é quando preciso baixar um app no celular de uma delas. Não consigo fazer isso do meu e, por isso, preciso sempre fazer login com minha senha do Google nos dispositivos delas para que o app saiba que não é uma criança baixando aplicativos. E quem se lembra da senha?! Precisei refazê-la umas três vezes nessa brincadeira. Podia haver uma maneira de a gente instalar do nosso próprio.
Mas no geral, o Family Link tem aquilo que preciso para ficar com a consciência um pouco mais tranquila com as meninas conectadas via smartphone. E, é sempre bom lembrar: crianças devem brincar fora das telas! E leve um jogo de tabuleiro pequeno ou de cartas para os restaurantes. Muito melhor para distrair os pequenos.