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Imagem de divulgação do TCU Mobile (reprodução: TCU)

O Tribunal de Contas da União (TCU) atualizou nesta segunda-feira, 30, o seu aplicativo TCU Mobile (Android, iOS). De acordo com a Corte, o app tem três ambientes: autoridades, servidores e público em geral, mas o seu cadastro é um pouco complicado.

Primeiro porque ele não deixa claro que é possível fazer a assinatura com Gov.Br. Fica escondido na parte debaixo da tela ao pedir para fazer cadastro. Depois não esclarece na tela de cadastro qual é a opção para autoridades, servidores e público em geral. No app está da seguinte forma:

  • Desejo utilizar os serviços da plataforma Conecta-TCU ou do protocolo eletrônico;
  • Desejo me cadastrar para utilizar os sistemas do TCU, cursos fornecidos pelo ISC e serviço do Portal TCU;
  • Sou estrangeiro/não possuo CPF.

A segunda opção é para o público em geral. Na sequência fiz o cadastro com CPF, data de nascimento, e-mail e uma senha de dez dígitos, sendo que a plataforma não reconhece “@” e “!” como caractere diferenciado, apenas “#” ou “*”. Após confirmar a senha, um e-mail é enviado com login e senha.

Não funcionou.

Daí descobri o single sign-on com gov.br. Não funcionou da primeira vez, mas deu certo na segunda. Porém, deve ser notado que, depois do primeiro acesso com o Gov.Br, o app pergunta se você quer vincular a biometria. Vinculei, desloguei e não funcionou. Precisei digitar CPF e senha novamente.

Mas, uma vez logado, o usuário tem acesso a uma série de funcionalidades do TCU, como: acesso aos vídeos do TCU via canal do YouTube; ver a agenda das sessões e dos ministros; pesquisar processos, jurisprudência e publicações; cadastrar e receber notificações push de processos em andamento; acessar o portal do TCU; realizar denúncias para a ouvidoria; e pedir acesso à informação do governo federal.

Também vale dizer que o app tem o seu próprio chatbot, Zello. Mas tentei usar para pedir informações e não funcionou. A única função que deu certo foi para fazer logout/login (com todo o processo de digitar senha e login novamente).

Ou seja, o aplicativo precisa de uma revisão de experiência do usuário, pois está muito focado no linguajar de Brasília e de advogados e servidores. Se a pessoa quer saber um processo, acórdão, jurisprudência e não for um especialista em lei e nem está acostumado com plataformas do gênero, o app não é muito claro. Por exemplo, eu pedi informações sobre as obrigações do 5G no bot e na busca, não veio. Mas se adicionar os números do processo e do acórdão, o app encontra as informações.

Ainda assim, o aplicativo do TCU busca trazer transparência à população com o fácil acesso via mobile. Tanto o app como o chatbot têm tremendo potencial e podem se tornar casos de uso para toda a administração pública.