A transformação digital vai acontecer nas grandes empresas. Mas as mudanças precisam ser relevantes para os negócios ou então as corporações serão engolidas por elas. Durante evento organizado pela CI&T nesta quinta-feira, 4, no Cubo Itaú, em São Paulo, Ricardo Guerra, CIO do Itaú, explicou como o banco está passando por esse momento e deu algumas dicas sobre o processo.

“A primeira coisa que a gente precisa ter são casos de sucesso: isso chama muito a atenção. E tem que ter gente que sabe do que está falando na organização: gente que conhece de tecnologia e digital. É preciso quebrar paradigmas. Mas o mais importante é resiliência”, disse Guerra.

De acordo com o CIO do Itaú, as mudanças nem sempre são bem vistas, em especial nas grandes corporações. Em sua visão, o receio de mudar está sempre presente em instituições tradicionais. “Por isso a mudança tem que ser de cima para baixo, começando no CEO e na diretoria”, resumiu.

Casos

Cesar Gon, CEO e fundador da CI&T, empresa que auxilia outras corporações a fazerem a jornada da transformação digital, foi quem levou ao evento os tais “casos de sucesso para chamar a atenção”, como disse Guerra.

Entre os exemplos de transformação digital voltada aos negócios estão: dobrar a taxa de conversão em plataformas B2B da Vivo em 90 dias; aumentar de 80 milhões para 880 milhões de milhas resgatadas na Azul (estimativa de 2019); acelerar em 23% a entrega de novos produtos digitais no Itaú.

Outro caso apresentado foi o da Raízen, que criou um aplicativo, o CSFácil (Android, iOS), que visa facilitar a vida do caminhoneiro que carrega combustíveis da Shell. No app, o motorista consegue consultar os carregamentos que fará, visualizar se a documentação está correta, ler comunicados importantes e conversar via chat com a equipe do backoffice da empresa de combustíveis. Como resultado, a Raízen obteve 47% de redução de ligações.