Os executivos de 50 de associações e multinacionais europeias de diversos setores enviaram uma carta à Comissão Europeia pedindo o adiamento do Ato de Inteligência Artificial do continente. Endereçada à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o documento obtido pela Reuters solicita que a regulação entre em vigor em daqui dois anos.
Aprovado em março de 2024 com começo de implementação em agosto do mesmo ano, o texto da lei prevê que passaria a valer as obrigações e regras para modelos de IA de uso geral (GPAI) no próximo dia 2 de agosto e para as obrigações de sistemas de IA de alto risco em agosto de 2026.
Na prática, essa regulação obriga que modelos de fundação deem transparência aos seus funcionamentos, como documentação técnica que explique como criaram seus algoritmos e garantam que não existam vieses, toxicidade e evitem riscos com testes de validação.
Empresas da Europa
Assinada por companhias de IA como Mistral e Spread AI, assim como gigantes de outros setores como Airbus, Mercedes-Benz e Carrefour, a carta das empresas à von der Leyen afirma que faltam peças à regulação, como o código de conduta de IA que deveria ter sido lançado no último dia 2 de maio. Também pedem simplificação do texto, pois acreditam que o formato atual pode reduzir a inovação no continente.
Vale notar que o brasileiro Fabricio Bloisi, CEO da Prosus, a holding holandesa que controla iFood e Decolar, também assina o documento.
De acordo com a agência de notícias, um porta-voz da Comissão da UE informou que avaliam adiar a implementação das regras para o final de 2025.
Imagem principal: Ilustração produzida por Mobile Time com IA