Negociadores dos Estados Unidos e da China anunciaram nesta segunda-feira, 15, que chegaram às bases de um acordo para que o TikTok (Android, iOS) continue em operação no território estadunidense.

A lei que obriga a ByteDance a vender a rede social nos EUA para uma empresa norte-americana ou parceira do país vence na próxima quarta-feira, 17, mas os presidentes Donald Trump e Xi Jinping só conversarão por telefone na próxima sexta-feira, 19. O anúncio foi feito por Scott Bessent, secretário do tesouro, durante o segundo dia de negociações EUA-China em Madri.

Vale dizer que a lei foi adiada por Donald Trump três vezes.

Os países estão com uma agenda para finalizar acordos tarifários de importações chinesas, mas, neste quesito, ainda há questões com relação a concessões comerciais mais amplas. As relações se deterioraram nos últimos meses devido às tarifas impostas por Trump e outras restrições comerciais.

Bessent informou que Pequim apresentou “um pedido muito ambicioso”, vinculando um acordo a questões como tarifas e acesso a mercados. Mas o secretário do Tesouro informou que não aceitará o comprometimento de sua segurança nacional por uma rede social.

O TikTok tem 171 milhões de seguidores nos EUA, na sua maioria jovens.

Relembre o caso de TikTok nos EUA

Em 2020, o então presidente Donald Trump iniciou o processo de banimento do TikTok nos Estados Unidos, com a tentativa de impedir que pessoas baixassem o app nas lojas e forçar a ByteDance a vender a rede social para investidores norte-americanos.

Houve especulações de que a Microsoft compraria a rede social de vídeos curtos. Depois, Oracle e Walmart entraram na jogada, inclusive com a contrapartida sugerida por Trump de que o tesouro norte-americano ficasse com uma porcentagem da venda.

Já no fim da administração de Joe Biden, em abril do ano passado, o então presidente sancionou a lei que forçaria a ByteDance a encontrar em um ano – a contar da sanção presidencial – um comprador para a rede social que fosse de confiança para o governo estadunidense.

O TikTok recorreu da decisão junto à Corte Distrital de Columbia e perdeu. No final de 2024 entrou com uma nova ação na Justiça recorrendo à Suprema Corte.

Desde então, outros boatos de venda foram ventilados. Ainda no ano passado, os bilionários Frank McCourt e Kevin O’Leary teriam feito uma proposta de compra do TikTok EUA por meio do grupo Project Liberty. Mas o governo chinês ventilou outras alternativas ao TikTok, como a venda para o bilionário Elon Musk. Considerou-se também a possibilidade de passar a base de usuários para um outro app.

Em abril deste ano, Trump, estendeu o prazo para definir a situação do TikTok no país – se é vendido para uma empresa norte-americana ou é banido – por mais 75 dias e prorrogou mais uma vez.

 

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