A Internet das Coisas (IoT) chegou para ficar. Com a previsão de o número de dispositivos conectados ser quatro vezes maior do que o número de humanos no planeta até 2025, é inevitável que novas formas de interação se tornem parte da rotina. A Internet das Coisas, que é um número sempre crescente de dispositivos conectados e que coletam e trocam informações entre si, é muito mais do que conectar carros e termostatos inteligentes. Oferece a oportunidade para instituições financeiras desenvolverem uma grande quantidade de serviços, desde pagamentos até gestão financeira, transformando a vida do consumidor.

O setor de serviços financeiros tem uma oportunidade significativa de capitalizar as oportunidades, ampliando o engajamento do cliente a partir do que a IoT oferece, avaliando quais dispositivos conectados são mais adequados para a entrega de informações e recursos financeiros, garantindo a segurança das interações desses dispositivos.

Entregando a melhor experiência para o consumidor

Como acontece com qualquer novo paradigma de serviço, é importante entender quais recursos são práticos e exatamente como eles podem ser entregues. À medida que surgem novos dispositivos conectados, podemos avaliar como os clientes interagem com eles e se são adequados para realizar tarefas financeiras. Ao dirigir em seu carro conectado, os clientes podem querer verificar seu saldo e iniciar um pagamento de fatura. Em casa, eles podem querer que a assistente pessoal da Amazon, Alexa, envie “toques” proativos para ajudá-los a manter um orçamento ou lembrá-los de economizar para uma compra importante.

O consumidor final precisa estar no coração de qualquer novo serviço que uma instituição financeira esteja desenvolvendo para IoT. Em uma era de muita informação, muitas informações que são irrelevantes serão, no melhor cenário, ignoradas, enquanto no pior cenário podem fazer com que consumidores procurem outras soluções digitais.

Para as instituições financeiras que desejam estender seus recursos existentes a diferentes dispositivos via IoT, a abordagem é a mesma que seria usada ao avaliar os recursos a serem oferecidos em um smartphone em comparação a um computador de mesa. Comece com estas perguntas: Que tipos de recursos são práticos para este dispositivo e como os consumidores desejam acessar esses serviços?

Segurança requer múltiplas camadas e padrões compartilhados

 A segurança também deve evoluir de acordo com a revolução da IoT. O equilíbrio entre a conveniência do cliente e a segurança será cada vez mais necessária, pois os consumidores exigem novas maneiras de interagir com o dinheiro. Uma abordagem multicamadas para a segurança será vital.

Em nenhum lugar isso é mais crucial do que nos pagamentos. Referenciando um dos nossos exemplos anteriores – se um cliente quiser verificar seu saldo bancário e pagar uma conta de seu carro conectado –, ele poderá fazer isso acessando sua conta bancária online, que já possui várias camadas de segurança, através do carro. Mas o que acontece com os pagamentos que são iniciados a partir de um dispositivo fora de um aplicativo de pagamento existente, como o banco online? Se a sua geladeira reconhecer que você está sem leite e pede automaticamente mais, esse pagamento também deve ser garantido. Em casos como esses, a segurança do pagamento não pode residir exclusivamente no próprio dispositivo – deve haver camadas de segurança adicionais, provavelmente na nuvem.

A iminente chegada de dispositivos conectados deve levar os participantes do ecossistema da IoT a se unirem para criar padrões de segurança robustos. Por exemplo, o setor automotivo foi pioneiro na implementação de segurança baseada em padrões para dispositivos embarcados. Uma abordagem multicanal, multidispositivo e pensar em termos de segurança em camadas são considerações importantes para os serviços financeiros neste novo mundo.

A IoT é mais uma maneira de integrar serviços financeiros à rotina

Ao testar a tecnologia e avaliar a demanda do consumidor por meio de pesquisas em grupo, as instituições financeiras e seus provedores de tecnologia podem fornecer aos clientes conteúdo relevante através do dispositivo certo e, ao mesmo tempo, garantir que os clientes acessem as informações com segurança.

É essencial que eles mantenham a experiência segura, contextual e tão relevante para o consumidor quanto possível. Entender o que cada cliente precisa, como deseja que as informações sejam entregues e como fazê-lo com segurança são os primeiros passos para proporcionar a melhor experiência possível, que se encaixa perfeitamente na vida cotidiana.