A Qualcomm acredita que os preços de terminais 5G devem cair logo. De acordo com Helio Oyama, diretor de engenharia e gerenciamento de produto da companhia, a competição e a ampla produção de dispositivos por grandes empresas chinesas, como Xiaomi e Oppo, devem ajudar na redução de valores.

“Acreditamos que o preço deve cair com a quantidade de fabricantes e produtos no mercado. Principalmente com a entrada dos grandes chineses, como Oppo e Xiaomi. Isso está trazendo uma grande competitividade para o mercado global”, explicou o executivo, sem prever quando.

Em conversa por videoconferência com jornalistas especializados na última quinta-feira, 30, Oyama afirmou que a Qualcomm age em favor deste movimento de redução. Exemplificou com a fabricação de chipsets Snapdragon das séries 700 e 600 com modem 5G, o que ajuda a popularizar o uso da rede, uma vez que esses chips são destinados a smartphones de faixa de preço intermediária.

“Além disso, nós acreditamos que colabora a massificação do 5G, que vem sendo usado em várias indústrias, como robótica, montadoras de carros e medicina, o que vai acelerar a Internet das Coisas”, completou. “Outro fator que contribui é a popularização do armazenamento na nuvem, uma vez que a velocidade e latência trazem mais estabilidade em seu uso. Isso reduz o gasto com memória, um dos três componentes mais caros na produção de dispositivos”.

Outro ponto defendido pelo executivo para provocar a queda nos preços dos terminais é a evolução da adoção por fabricantes e operadoras. Citando dados da GSMA, o diretor explicou que a adoção do 5G é mais rápida que a do 4G, uma vez que o LTE tinha quatro operadoras e três fabricantes de dispositivos ao término de seu primeiro ano de ativação; e o 5G terminou 2019 com mais de 40 operadoras e 40 fabricantes.

Atualmente, a Qualcomm afirma que há mais de 280 produtos de 80 fabricantes com dispositivos 5G lançados ou em desenvolvimento, e estima ao menos 95 disponíveis comercialmente. Entre esses aparelhos estão smartphones, módulos para veículos, hotspots e CPEs.