A Vesta, companhia de prevenção a fraudes digitais, registrou um aumento de 33% no volume de transações de comércio eletrônico verificadas por sua plataforma no mundo no ano passado, subindo de 1,038 milhão para 1,39 milhão. Em valores, o crescimento foi de 19%, aumentando de US$ 127,3 milhões para US$ 151,6 milhões. 

A empresa utiliza inteligência artificial para analisar em menos de um segundo mais de 400 parâmetros em cada transação, o que inclui até o ângulo do telefone celular, a rapidez da digitação, a língua configurada no sistema operacional, histórico de compras, idade da conta de email, dentre outros. Hoje, em média, 95% das transações analisadas pela sua solução são aprovadas e 5%, rejeitas. A empresa cobra um percentual sobre o valor das compras aprovadas.

“Quando se trabalha com inteligência artificial, é preciso tomar cuidado para não aprovar menos. Usamos IA para aprovar mais e ter menos fraude. Mas claro que levamos um pouco de tempo para treinar o modelo. Com 30 a 50 dias, o modelo está inteligente o suficiente para garantir essa eficiência”, explica Diego Becker, diretor regional de desenvolvimento de negócios para a América Latina da Vesta, em conversa com Mobile Time.

Novos meios de pagamento

Sobre a entrada de novos meios de pagamento no Brasil, como Pix e WhatsApp Pay, a companhia recomenda que a segurança seja focada nas contas. “Há fraude em qualquer meio de pagamento. No caso de WhatsApp ou do Pix é preciso proteger a conta. Se você protegê-la, o pagamento fica seguro”, explica.

A Vesta conta com soluções de proteção de contas, inclusive para operadoras móveis, de forma a evitar golpes como o SIM swap, através do qual o bandido toma o controle do número de telefone da vítima para realizar golpes diversos, como acesso a contas bancárias ou estelionato via WhatsApp. A plataforma da empresa pode combinar diferentes fatores de autenticação, incluindo biometria, e também usa inteligência artificial para identificar tentativas de fraude.

Na América Latina a empresa é forte principalmente no México, Colômbia e Argentina. Neste ano, quer crescer no Chile e no Brasil. Sua estratégia comercial consiste em buscar parceiros locais para revender suas soluções.