A regulação da inteligência artificial se faz necessária, mas dificilmente será padronizada no mundo inteiro, comentou o CTO da SAP, Juergen Mueller, durante coletiva de imprensa no evento SAP Sapphire, nesta quinta-feira, 1, em São Paulo.

“Como qualquer outra tecnologia disruptiva, vamos precisar de alguma regulamentação. Há diferentes propostas circulando. Mas não acho que conseguiremos construir uma única para o mundo todo. Nunca vi isso acontecer. Tomara que as regulações sejam pelo menos parecidas. Se EUA, Europa e América Latina seguirem um caminho comum, por exemplo, já vai ser um grande passo”, respondeu Mueller ao ser perguntado por Mobile Time se o esforço regulatório deveria ser um trabalho cooperativo e internacional.

Por sua vez, Scott Russell, membro do conselho executivo e líder da área de customer success da SAP, ponderou que, mesmo sem uma regulamentação, a SAP norteia suas iniciativas em IA com responsabilidade e princípios éticos. E afirmou que quando entrarem em vigor leis sobre IA, a SAP estará pronta para adequar os processos e negócios de seus clientes.

Corrida por IA generativa

A SAP não pretende entrar na corrida com outras big techs atrás da IA generativa. Em vez disso, vai formar parcerias com elas, escolhendo caso a caso qual a melhor plataforma para integrar com cada uma das suas soluções. “Não precisamos jogar esse jogo (desenvolvimento de modelos próprios de IA generativa). Olhamos IA com o olhar dos nossos clientes e de seus processos de negócios”, explicou Mueller. “Fazemos parcerias com todos. Pegamos os melhores modelos para cada caso de uso. Pode ser IBM, Microsoft, Google, open source etc. O ChatGPT é incrível, mas não faz conciliação de contas como nós, que temos décadas de experiência nisso”, concluiu.