Ilustração: Cecília Marins

A Arm entrou com um processo na última quarta-feira, 31, contra a Qualcomm e a Nuvia por quebra de certos acordos de propriedades intelectuais. Na visão da Qualcomm, a Arm tenta interferir em sua inovação, além garantir que tem direito às licenças.

Vale lembrar, a Qualcomm concluiu a compra da Nuvia US$ 1,4 bilhão em março do ano passado. Criada em 2019, a startup atua em redesenho para CPUs de alta performance e tinha acordo de uso de licenças com a Arm.

Na prática, a Qualcomm utilizaria essa tecnologia e conhecimento para melhorar a unidade de processamento computacional (CPU) em dispositivos baseados em Android, Windows e Chrome que demandaram mais poder de processamento com o 5G.

Lado da ARM

Apresentada junto à Corte Distrital de Delaware na última quarta-feira, 31, a ação da Arm pede que a Nuvia destrua uma série de designs que está em contrato, além de compensação por violação de patente. Na visão da companhia, a Qualcomm tentou transferir licenças da Nuvia sem o consentimento da Arm, algo que é visto como restrição de padrão nos contratos de licença da Arm. O prazo de uso dessas licenças terminaria em março de 2022.

“Antes e depois dessa data, nós (Arm) tentamos fazer múltiplos esforços de boa fé para resolver o problema. Em contrapartida, a Qualcomm quebrou os termos dos acordos de licença ao continuar desenvolvendo a partir das licenças finalizadas. Não tivemos escolha além de entrar com a ação contra Qualcomm e Nuvia para proteger nossas propriedades intelectuais, os nossos negócios e garantir que nossos consumidores poderão acessar produtos válidos baseados em nossa tecnologia”, disse em nota a Arm.

Lado da Qualcomm

Em nota enviada para Mobile Time e assinada por sua conselheira geral, Ann Chaplin, a Qualcomm informou que o processo da Arm marca a “lamentável saída de um relacionamento duradouro e bem-sucedido”.

“A Arm não tem o direito, contratual de tentar interferir nas inovações da Qualcomm ou da Nuvia. A reclamação da Arm ignora o fato de que a Qualcomm tem direitos de licença amplos e bem estabelecidos cobrindo suas CPUs personalizadas, e estamos confiantes de que esses direitos serão reafirmados,” escreveu Chaplin.