O uso do Pix nas máquinas POS traz benefícios para vendedores e clientes em relação à segurança, além de garantir agilidade e uma melhoria no fluxo, afirma Marcelo Toniolo, vice-presidente de Riscos, Compliance, Prevenção e Segurança da Cielo, em conversa com Mobile Time. “Os clientes não precisam abrir o app do banco, digitar o valor da compra e a chave Pix do estabelecimento. Com Pix na maquininha, dá para comprar só com o smartphone”, comenta.

Ele conta também que golpes nesse tipo de transação têm sido cada vez mais comuns, pela popularização do Pix. “O golpe do Pix pode ser aplicado de diversas formas, seja com o uso da própria chave Pix, links de pagamento, QR code e também operado por qualquer meio de comunicação, incluindo mensagens ou e-mails”, ressalta.

Diante de um cenário em que o número de fraudes e golpes em vendas pela Internet só aumenta – no primeiro semestre deste ano foram identificados 3,28 mil golpes do tipo, o que resultou em um prejuízo estimado em R$ 392 milhões, segundo estudo de OLX e AllowMe –, o profissional acredita que é importante que exista um sistema que consiga prevenir as “armadilhas”, como transações duvidosas e fraudes digitais. De acordo com o Núcleo de Controle Cielo (NCC) – que tem capacidade para processar cerca de 13 mil transações por segundo, garantindo que todas essas compras passem por sistemas de antifraude –, o tempo médio de respostas das transações do NCC, de modo geral, é de 1,2 segundos em lojas físicas.

No e-commerce, a velocidade é ainda maior para o mesmo volume – 0,83 segundos –, respeitando as mesmas diretrizes de segurança.

Não somente para a Black Friday, mas para todos os dias do ano, a Cielo conta com mais de 150 profissionais para a operação. Os golpes não têm uma hora marcada, “por isso que nosso processo de monitoria é 24h/7, incluindo feriados e datas de grande atuação no varejo”, explica Toniolo.

Durante a Black Friday, que neste ano acontece no dia 24 de novembro, os golpes que a Cielo já constatou são cópias de lojas virtuais que, de acordo com relatório recente do mercado, atingiu cerca de 36% dos varejistas brasileiros. Segundo o VP, ele envolve a criação de sites falsos, perfis falsos no Instagram e até mesmo contas duplicadas no WhatsApp, que desencadeia o golpe do pagamento falso, em que links de pagamento são gerados para enganar o consumidor que espera comprar da loja verdadeira.

Os golpes do Natal e da Black Friday, por sua vez, são parecidos, mas o Natal conta com um volume expressivamente maior de transações, considerando que ainda é a principal data de vendas para o varejo – com expectativa de movimentar este ano R$ 65 milhões, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A Cielo possui ferramentas de antifraude com inteligência artificial (IA) e machine learning (ML), que permitem que o sistema da companhia aprenda continuamente com a utilização e identifique, de forma proativa, possíveis fraudes. “Contamos com tecnologia de ponta para segurança em transações há quase 30 anos, garantindo que todas as informações de pagamento sejam criptografadas e sigam os padrões PCI (Payment Card Industry), com rígidos critérios de segurança e proteção em várias camadas. Além disso, toda a operação e tecnologia do NCC (Núcleo de Controle Cielo) conseguem garantir que qualquer transferência suspeita seja identificada rapidamente e solucionada no menor tempo possível pelo nosso time”, conta.