A Maxtrack, fabricante brasileira de rastreadores de veículos que acumula mais de 3 milhões de dispositivos comercializados, vem percebendo uma crescente demanda pelas versões de seus produtos que contêm a tecnologia LoRa. Embora reconheça que a LoRa sirva como um plano B para seus clientes em caso de desligamento abrupto da rede 2G pelas operadoras móveis, Gustavo Travassos, sócio-fundador da Maxtrack, defende que as duas tecnologias são complementares.

“O cliente não acha que uma tecnologia vai matar a outra. Elas coexistem, com funções diferentes e papéis diferentes. Não se contrapõem, mas se complementam. O cliente não está preocupado em quem vai ganhar o jogo, mas quer todo mundo junto jogando com ele”, comentou, durante palestra na segunda edição do Fórum de Operadoras Alternativas, evento organizado por Mobile Time e Teletime, nesta terça-feira, 2, em São Paulo.

A Maxtrack começou a adicionar LoRa em alguns dos seus rastreadores a partir de 2017. No ano passado, comercializou 380 mil dispositivos com essa tecnologia. Desse total, 90% trazia também conectividade 2G. “Os clientes querem cada vez mais a combinação de LoRa com GSM. Hoje isso representa 25% da nossa demanda e deve chegar a 50% dentro de 12 meses”, disse Travassos. A Maxtrack já comprou mais de 700 mil chipsets LoRa.

A Maxtrack tem usado a rede LoRA da American Tower para a conectividade dos seus rastreadores.