“Chatbots são a face da inteligência artificial hoje”, disse o vice-presidente sênior do Gartner, Daryl Plummer, em palestra nesta quarta-feira, 2, durante a conferência mundial da IFS, em Atlanta. Hoje os robôs de conversação estão sendo mais aplicados em soluções de atendimento ao consumidor, mas devem se espalhar por toda a parte, prevê, assim como outros bots com inteligência artificial mas que não necessariamente “conversam” com as pessoas.

Plummer projeta que em 2020 o investimento anual em chatbots vai superar aquele em apps móveis em mais da metade das empresas no mundo. E alerta: a redução do investimento em aplicativos móveis já começou. Ele afirma que 2016 foi o primeiro ano em que houve queda nos gastos com desenvolvimento de apps.

A ascensão dos chatbots demandará uma transformação radical no perfil dos desenvolvedores. Mais do que programação, eles precisarão aprender sobre como construir e manter uma conversa e como reconhecer a intenção do consumidor a partir do que se escreve ou fala. No seu entendimento, isso envolve inclusive conhecimentos de psicologia.

Plummer também prevê uma mudança radical na forma como as pessoas fazem buscas em sites e apps de comércio móvel. Cada vez haverá mais a utilização de pesquisas visuais e por voz. Os sites e apps que forem pioneiros nesses formatos de busca hoje terão uma receita 30% maior em vendas em comércio eletrônico em 2020, prevê o executivo da Gartner.