O CEO do Magalu (Android, iOS), Fred Trajano, afirmou que a companhia está pronta para avançar no comércio baseado em inteligência artificial, o AI-Commerce. Em painel no VTEX Day nesta segunda-feira, 2, em São Paulo, o executivo afirmou que a IA é a terceira principal transformação que acontece no comércio em 24 anos de sua atuação neste setor. As outras duas foram a internet e o m-commerce, com a ascensão dos smartphones a partir de 2007.
“O próximo ciclo para nós é a IA. A Lu (assistente virtual da empresa) estará no centro da jornada com os consumidores. Trabalhamos IA há dez anos com o Watson da IBM, bem antes dos LLMs. Agora, com agentes e modelos de fundação, se torna economicamente viável para fazer isso”, disse Trajano, ao explicar que IA não é meramente uma tecnologia passageira. “Agora estamos na era do AI-Commerce. Inteligência artificial não é ruído. É um sinal forte. Quase toda jornada de compras no futuro passará por um agente de IA. É uma coisa que prevíamos no Magalu há dez anos”, completou.
Um dos movimentos em direção à inteligência artificial no comércio foi feito duas semanas atrás com um manifesto enviado pelo CEO para a empresa exigindo que seus 35 mil funcionários passem a usar a IA com frequência. Em sua visão, esse statement ocorre devido ao preparo que a companhia fez em seus bastidores, como ocorreu na pandemia de 2020, que possibilitou aos funcionários trabalharem em home office.
Magalu em IA – estrutura e apostas
Nesta estrutura, a Magalu conta com uma plataforma de orquestração multiagentes agnóstica apta para aceitar qualquer modelo de fundação, LLM e agentes, além da nuvem Magalu Cloud e da diretoria de IA que é liderada por Caio Gomes, que atualmente é o evangelista do tema na companhia.
Trajano afirmou ainda que a IA é a solução que “zera o jogo” no comércio eletrônico e dá a oportunidade para que o Magalu se torne “protagonista” neste novo mundo: “Claro, o desafio é grande. Temos que valorizar o nosso time de tecnologia. Temos capacidade de fazermos a diferença no Brasil”, conclui.
Porém, o CEO do marketplace reflete que é preciso escolher quais apostas fazer em IA, devido ao custo de consumir interações/tokens em dólar. Mas lembra que há soluções que estão prontas, de prateleira, como em atendimento ao cliente.