Três engenheiros da Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA) desenvolveram em apenas três meses um web app para monitorar em tempo real as diversas usinas espalhadas pelo Brasil e integrar sistemas legados e de diferentes fornecedores. Maria, a assistente virtual, nasceu da necessidade de consolidar dados, aumentar a visibilidade operacional, elevar a produtividade e reduzir erros nas operações.

A implementação da Maria resultou em um aumento de produtividade de 20% e uma redução de 40% nos erros operacionais da CMAA. A integração com o sistema SAP para apontamentos de manutenção gerou uma redução anual de R$ 300 mil, ao otimizar o uso dos sistemas existentes, e diminuiu os erros nesses apontamentos em 60%. “Eles não mudaram o sistema, mas eles otimizaram aquilo que já tinham”, diz Thiago Ribeiro, Head de Open Innovation na Siemens Software, em conversa com Mobile Time.

A aplicação possui mais de 20 funcionalidades e está em processo de aprimoramento. Há planos para futuras implementações, incluindo a incorporação de inteligência artificial. “Eles não só aumentaram a produtividade, mas reduziram erros manuais”, explica.

Os dados foram compartilhados por Ribeiro durante o evento Siemens Inova 2025, que aconteceu no Rio de Janeiro, recentemente.

Siemens; mendix; CMAA

Thiago Ribeiro explica a solução desenvolvida pela CMAA com a plataforma low-code da Siemens Software. Crédito: Isabel Butcher/Mobile Time

CMAA: solução rápida com plataforma low-code

Maria foi desenvolvida a partir da plataforma low-code Mendix, da Siemens Software. “Se fossem codificar todo o projeto, levaria muito mais tempo”, garante o executivo.

A iniciativa surgiu da necessidade de gerenciar os múltiplos ativos da usina, unificar o monitoramento de diversas usinas e integrar sistemas como ERP (SAP), Oracle Cloud, gestão de materiais, gestão de CAPEX e sistemas de controle de automação de diferentes fornecedores, incluindo Siemens PCS7 e TIA Portal, entre outros.

A plataforma Mendix permite a criação de aplicações de forma visual, por meio de componentes pré-fabricados. Ela inclui inteligência artificial nativa e permitiu que engenheiros sem formação específica em programação criassem a aplicação.

“São várias usinas em diferentes lugares de produção de etanol pelo país. Uma empresa como essa precisa ter visibilidade do que está acontecendo em vários lugares. Como administrar ativos espalhados geograficamente? É preciso de inteligência. E essas empresas estão nadando em dados, mas a maior parte delas não sabe usar, não vira informação. A CMAA pegou os dados dos ativos e consolidou no app”, resumiu Ribeiro em conversa com Mobile Time.

“Pela minha experiência, vi muitos projetos demorarem um, dois, três anos para a transformação digital e dar errado. E eles, com três engenheiros, em três meses, fizeram esse app e já estão com retorno financeiro. E agora existe todo um roadmap pela frente”, conclui.

 

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