As empresas do comércio brasileiro tiveram em média R$ 8,5 milhões de perdas com fraudes de pagamentos em 2023, US$ 1,7 milhão na conversão atual. Segundo uma prévia de uma pesquisa da Adyen divulgada nesta quarta-feira, 3, o valor fica abaixo da média global de US$ 2,9 milhões de fraude por varejista.

Feita entre janeiro e fevereiro deste ano com 38 mil consumidores no mundo e 13 mil empresas, sendo 2 mil brasileiros e 500 empresas nacionais com 20 funcionários ou mais, a pesquisa revelou ainda que 66% dos varejistas brasileiros enfrentaram aumento de fraude e 50% afirmam que sofreram perdas significativas com golpes no último ano.

O estudo revelou que, entre ações para reduzir o volume de fraudes, 72% das empresas usam alguma forma de inteligência artificial para evitar transações fraudulentas e 65% têm software de gerenciamento de chargeback. Outros 78% querem adotar provedores de pagamentos com mecanismos aprimorados.

Consumidor

Pelo lado do cliente, 43% dos brasileiros se consideram vítimas de fraude de pagamentos. Na comparação entre 2022 e 2023, a análise revela que o prejuízo entre os consumidores mais que dobrou (137%) e o valor médio de perdas por pessoa chegou a R$ 2 mil no último ano.

Com isso, a percepção do brasileiro nas compras tem piorado. Um quarto dos consumidores nacionais (25%) se sentem mais inseguros com relação a fraude, se comparado com dez anos antes, na visão dos participantes da pesquisa.

A partir deste cenário o consumidor começa a agir de forma mais protetiva: 36% passam a comprar em lojas que tenham camadas de segurança efetivas; 20% preferem comprar em loja física com receio de fraudes online; e 23% preferem quando o varejista pede uma solicitação de identidade no ato de pagamento.

Imagem principal: Arte criada por Nik Neves para Mobile Time