A Positivo Tecnologia quer avançar com mais ofertas de tablets de alto desempenho para o consumidor brasileiro. Em 2023, a companhia lançou o Tablet Vaio TL 10, que bebe da oferta da marca de PCs que a fabricante oferece ao mercado brasileiro. De acordo com Norberto Maraschin, vice-presidente da unidade mobile da empresa, a ideia é explorar e ampliar esse portfólio. Mas o executivo não informou quando e nem quantos dispositivos chegarão ao mercado.

“Estávamos vendo uma oportunidade muito grande no mercado de tablets. Temos uma coisa legal que é a marca premium Vaio, e melhoramos algumas ideias da Positivo. Hoje, o foco é melhorar qualidade e especificações de produtos em todas as categorias. Mas em tablets nós fomos além”, diz. “Notamos que o mercado estava desabastecido com produtos na faixa de preço de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil. Faltavam dispositivos com memória RAM, tela de qualidade e que trouxessem produtividade ao consumidor”, conta Maraschin.

Positivo parte de números para elaborar a estratégia

Contribuíram para essa estratégia da Positivo alguns fatores que foram pontuados pela IDC, como:

  • O mercado de tablets de alta performance dobrou entre 2019 e 2020 pela demanda na pandemia;
  • De 2019 a 2022, o mercado cresceu quase três vezes;
  • Projeção de crescimento de 31% em 2023, ante 2022.

Consumidor em foco

Embora foque principalmente em estudantes e profissionais, Maraschin acredita que há espaço para levar os tablets Vaio ao governo, em especial para projetos federais e estaduais em educação – para municípios a demanda deve ser menor devido às eleições de outubro. Também acredita que o mercado de tablets como um todo deve crescer, uma vez que, em todas as vertentes, o público de tablets começa a ficar mais exigente.

“As pessoas notaram que tablet é um ótimo equipamento para o dia a dia. Tem colégio que começou a exigir tablet para os alunos. Antecipamos um pouco as tendências de tablets voltado à produtividade”, explica. “Com o Vaio, nós (Positivo) juntamos a necessidade do tablet com o PC. Os tablets no Brasil eram vendidos sem teclado, eram focados mais em acessar o conteúdo. Colocamos o teclado para oferecer produtividade”, completa.

Isso em um cenário em que o setor de dispositivos pessoais deve ter queda de faturamento em 2024, como previu a IDC no começo deste ano: “Concordamos com a IDC de que o mercado de devices deve cair em termos de receita. Mas o segmento de tablets deve crescer. Todos caem em volume, mas o tablet é o único que cresce hoje”, afirma.