O Roskomnadzor, Serviço Federal de Supervisão de Comunicações da Rússia, anunciou nesta sexta-feira, 4, a suspensão do acesso ao Facebook e Twitter no País.

De acordo com a agência Reuters, o órgão russo acusa o Facebook de discriminação contra a mídia local desde outubro de 2020. A Meta, controladora da rede social, de fato restringiu o acesso à mídia russa em sua plataforma e logo depois foi retaliada pelo governo Russo. O canal de notícias Russia Today (RT) e a agência de notícias RIA foram bloqueados pela empresa, que parou de recomendar a mídia estatal russa globalmente. O Spotify fechou seu escritório no país. O YouTube também bloqueou canais de notícias russos, e a Apple também interrompeu as vendas de produtos no País. Nesta sexta, a Microsoft suspendeu novas vendas na Rússia.

Nesta sexta, o Google, que já havia proibido a mídia estatal russa de comprar ou vender anúncios por meio de sua tecnologia, anunciou que parou de vender publicidade online no País. “À luz das circunstâncias extraordinárias, estamos pausando os anúncios do Google na Rússia. A situação está evoluindo rapidamente e continuaremos compartilhando atualizações quando apropriado”, disse comunicado da empresa.

O Airbnb foi outra empresa de tecnologia que anunciou sanções: foram interrompidas as operações na Rússia e em Belarus. Vale lembrar que a empresa anunciou na última quarta-feira, 2, que vai oferecer moradia para refugiados ucranianos nos países vizinhos, como Alemanha, Hungria, Polônia e Romênia.

Outros bloqueios

O Twitter foi acusado pelo serviço federal russo de ser usado para viralizar imagens e relatos do conflito na Ucrânia, além de servir como porta-voz de autoridades do País invadido pela Rússia para fazer apelos para a opinião pública do Ocidente.

Segundo agências internacionais, há relatos de que outros serviços de informação de países do Ocidente estão sendo bloqueados pela Rússia, como é o caso dos canais de notícias britânico BBC, e o alemão Deutsche Welle. Além disso, a plataforma Wikipédia também teria sido bloqueada.

“Em breve, milhões de russos comuns se verão isolados de informações confiáveis, privados de suas formas cotidianas de se conectar com familiares e amigos e silenciados de falar. Continuaremos a fazer tudo o que pudermos para restaurar nossos serviços para que permaneçam disponíveis para as pessoas se expressarem com segurança e se organizarem para a ação”, disse Nick Clegg, chefe da Meta para assuntos globais.