5G

Ilustração: Cecília Marins

As redes 5G começaram a ser ligadas em cinco capitais (Belo Horizonte, Brasília, João Pessoa, Porto Alegre e São Paulo) e as operadoras móveis pouco a pouco vão revelando suas estratégias comerciais, que, até agora, parecem ser diferentes – ou pelo menos estão em estágios distintos. Ao contrário do que se viu nos EUA, na Coreia do Sul e em alguns países europeus, nenhuma das teles brasileiras se aventurou a oferecer planos de dados ilimitados no 5G por enquanto, nem criaram franquias separadas para compartilhamento de Internet via Wi-Fi… pelo menos não até o momento.

A TIM é a mais adiantada na revelação da sua estratégia comercial para a quinta geração de telefonia móvel. A operadora decidiu criar uma oferta chamada de “Booster” em 5G standalone para os assinantes pós-pagos que têm smartphones compatíveis com essa tecnologia. Eles precisarão aderir formalmente a esse novo plano e assim ganharão 50 GB a mais de dados por mês, além de acesso a um serviço de cloud gaming em parceria com a AWG Games e zero rating para uso do Twitch. Essa oferta será disponibilizada a partir do dia 18 de agosto e não terá nenhuma cobrança adicional por um ano. A TIM não exige a troca de SIMcard para acesso à rede 5G standalone.

Por sua vez, a Claro está chamando a rede 5G na faixa de 3,5 GHz de 5G+, para diferenciar do 5G com a tecnologia DSS lançada no ano passado. Qualquer assinante com terminal compatível poderá acessar a rede 5G sem troca de chip nem mudança de contrato, mas não no padrão standalone. Para este, serão criados novos planos (cujos preços ainda não foram divulgados) e será necessária a troca do SIMcard.

Por conta da chegada do 5G, a Vivo aumentou as franquias de dados dos seus planos, mas sem elevar o preço para o usuário final. A franquia do plano família, por exemplo, subiu de 140 GB para 200 GB, e a do Controle, de 8 GB para 12 GB. Por enquanto não foram criados planos separados para 5G standalone. Qualquer assinante com aparelho compatível com essa tecnologia pode acessá-la, mas é necessário a troca do SIMcard, que custa R$ 13. Novos assinantes da Vivo já recebem um chip compatível com 5G.

Segundo fontes do setor de SIMcards ouvidas por Mobile Time, a troca de SIMcard é recomendada pela GSMA e seria necessária para o acesso a todos os recursos do 5G standalone, especialmente alguns relacionados a segurança.