O governo do Peru está em busca de se tornar um país associado à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em 2021, e um dos movimentos que colabora para esse desenvolvimento é a transformação digital dentro da esfera pública. Em conversa com Mobile Time nesta quinta-feira, 5, Fernando Fazzio, secretário de transformação digital do país compartilhou os avanços e desafios que o Peru enfrenta na digitalização.

“Estamos procurando melhorar a estratégia da digitalização para aprimorar a governança de dados. Estamos articulando com todas as esferas do governo. Um corpo mais orgânico”, explicou Fazzio. “Um outro esforço é em identificação de pessoas e interoperabilidade, e melhorar a segurança digital. Queremos trazer mais confiança e reputação para o ecossistema”.

Em 2018, um dos avanços foi obtido pela lei de governo digital, que possui elementos como governança de dados, interoperabilidade, segurança digital, identidade digital e arquitetura digital. Um dos benefícios dessa lei foi a criação de uma plataforma única do governo, que engloba todos os seus serviços em todas as telas. Antes, o governo tinha diversas páginas, com diferentes gestões.

“Efetivamente, temos um grande desafio, que é mudar a cultura das pessoas. Melhorar nos funcionários, servidores, mas também nos cidadãos. As tecnologias precisam sem bem empregadas”, disse o secretário. “Queremos deixar de mirar na tecnologia pela tecnologia. Para nós, ela tem que facilitar a vida das pessoas.”

Conectados

Durante sua passagem no Smart Legal Day, em São Paulo, Fazzio revelou também os avanços do Peru quanto à conectividade. Explicou que atualmente o principal desafio é levar fibra ótica a todo o país, algo que a administração atual encontra dificuldades pela geografia local, em especial nas áreas andinas.

“Estamos em aplicação da fibra ótica rede móvel, com outra área do governo. Nas cidades urbanas é fácil. Mas é mais difícil na região dos Andes. O importante é que estamos trabalhando em harmonia e vemos a conectividade como algo vital, pois necessitamos dessa infraestrutura para desenvolver os serviços”.