O presidente da Anatel, Leonardo Euler, Euler concedeu entrevista para Teletime (leia aqui na íntegra) na qual fala sobre o leilão de 5G. Destacam-se abaixo alguns trechos:

Priorização de pequenos prestadores no leilão de 5G: “Não tenho nenhum tipo de reserva a criar mecanismos que possam conferir espaços para a participação destes prestadores no leilão de 5G desde que esteja garantido o uso eficiente do espectro e considerando que este é um setor intensivo em capital. Já tivemos a experiência do edital das sobras do 2,5 GHz e não queremos repetir aquela experiência, em que a Anatel se propôs a garantir um espaço nobre do espectro a estes prestadores, mas não houve um uso, um deployment de rede efetivo nesta faixa por parte destes atores. (…) Não sou contra a ideia per se, mas me preocupa em relação à forma como a participação (dos PPPs) vai se dar. Temos que lembrar que é um setor de capital intensivo, demanda, pelo menos num primeiro momento, de um desenvolvimento em cima da rede 4G, e todos esses elementos precisam ser ponderados. O edital não é um amontoado de boas intenções, elas precisam estar lastreadas em uma técnica adequada.”

Situação da Oi não impacta no cronograma do 5G: “Entendo que existem no mercado visões diferentes sobre o timing do edital, e isso faz parte, mas não acho que a situação de um player deva condicionar o ecossistema. Entendo que se realizarmos esse edital ainda este ano estaremos na vanguarda do processo e considerando tudo o que virá com o 5G, teremos benefícios inegáveis.”

Slicing de redes no 5G não fere o princípio da neutralidade: “O princípio da neutralidade está consagrado no Marco Civil e jamais impediu o gerenciamento de rede a fim de garantir aplicações qu requerem prioridade, para a melhor gestão da rede. As redes não são dumb-pipes, e técnicas de gerenciamento são essenciais, por exemplo, para aplicações de 5G como cirurgias remotas, aplicações críticas que demandarão prioridades, e isso não vai de encontro à neutralidade.”