Um dia após o lançamento em 100 países da rede social de texto e microblogging Threads (Android, iOS), o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, afirmou nesta quinta-feira, 6, que a plataforma já atingiu 30 milhões de usuários, três vezes mais que os 10 milhões das primeiras sete horas de sua disponibilidade nos marketplaces e na web. “O sentimento é que isso é o começo de algo especial. Mas nós temos muito trabalho adiante para construir o app”, escreveu Zuckerberg, em seu perfil na nova rede social no final desta manhã.

Oficialmente, a liberação do app na App Store estava marcado para esta quinta-feira. Mas a Meta adiantou o lançamento para a última quarta-feira, 5, e adicionou o aplicativo na Google Play.

 

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De acordo com portal do mercado financeiro Seeking Alpha, o analista do banco Wells Fargo Ken Gawreski afirmou que a plataforma não deve trazer impacto financeiro para a Meta no curto prazo. Mas, em longo prazo, Threads pode colaborar para incrementar entre 1% e 3% no faturamento e ganho por ação (EPS) da empresa. Gawreski pontua que esse incremento deve ser guiado pelo mercado norte-americano, uma vez que a monetização na Europa e no resto do Mundo ainda é incerta.

No anúncio feito na quarta-feira, 6, a Meta afirmou que o próximo passo da nova plataforma é deixar o aplicativo compatível com a ActivityPub, o consórcio de rede social aberta da W3C, órgão responsável por padrões abertos na Internet. Na prática, a companhia deixará o Threads interoperável com outras redes sociais, o que coloca o app em acordo com o Ato de Mercados Digitais (DMA) da União Europeia que regula as grandes plataformas.

Em seu começo, o Threads está dentro do time do Instagram. Quando entra na rede social, o usuário se registra com seu login da rede imagética e pode seguir as mesmas contas que possui no Instagram. Logo, é natural considerar modelos de negócios integrados e/ou similares com o app principal.

No Brasil, o potencial do Threads é tremendo. Na pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre uso de apps no Brasil de maio deste ano, o Instagram está na homescreen de 55% dos smartphones dos brasileiros.

Competição

Elon Musk

Elon Musk, investidor e controlador do Twitter

A plataforma da Meta chega ao mercado como alternativa ao Twitter. A rede social que foi comprada pelo investidor Elon Musk por US$ 43 bilhões em outubro do ano passado está cambaleante em publicidade, na relação com os usuários e também com reguladores pela falta de controle na moderação de conteúdos, inclusive no Brasil.

Sempre vocal no Twitter, inclusive com competidores, Musk não se posicionou até agora.