Netflix

Nos últimos dias, mais empresas de tecnologia anunciaram a suspensão de seus serviços na Rússia: Netflix, PayPal e TikTok são algumas delas. E, depois de Visa e Mastercard anunciarem no último sábado, 5, a paralisação de seus serviços de pagamentos naquele país, American Express seguiu o mesmo caminho no domingo, 6.

A Netflix (Android, iOS) suspendeu seu serviço de streaming na Rússia devido às circunstâncias no local, reportou em primeira mão a revista Variety. Na semana passada, a plataforma de streaming informou que não cumpriria uma nova lei russa que exige que grandes streamers hospedem 20 canais de propaganda russos, como a NTV e o Channel One. Houve também a interrupção de projetos e aquisições na Rússia depois que o país iniciou sua invasão da Ucrânia. Havia quatro séries em russo em produção e pós-produção.

De acordo com o site da CNBC, a Netflix possui cerca de 1 milhão de assinantes naquele país, ou seja, um mercado pequeno para a plataforma, se comparado com os 222 milhões de assinantes globais que possui.

Logo depois do anúncio da Netflix foi a vez do TikTok (Android, iOS) bloquear streaming ao vivo e novos uploads para seus usuários que moram na Rússia. A empresa argumenta que analisa as novas leis russas, mais severas para reprimir supostas notícias falsas sobre suas forças armadas. Entre outras coisas, o Kremlin se opõe ao termo guerra e exige que o conflito seja chamado de “operação militar especial”. Quem escreve notícias consideradas falsas sobre os militares pode pegar até 15 anos de prisão.

O TikTok, que tem cerca de 36 milhões de usuários na Rússia, segundo a BBC, disse que sua medida visa garantir a segurança de sua equipe e de seus usuários. “Continuaremos a avaliar as circunstâncias em evolução na Rússia para determinar quando poderemos retomar totalmente nossos serviços com a segurança como nossa principal prioridade”, informou em uma série de tuítes.

Também no Twitter, o vice-primeiro-ministro e ministro da transformação digital da Ucrânia informou que recebeu um comunicado do PayPal (Android, iOS) anunciando as suspensões de seus serviços na Rússia.

“PayPal apoia o povo da Ucrânia e está ao lado da comunidade internacional ao condenar as agressões militares violentas da Rússia na Ucrânia. Ao longo dessa crise, concentramos nossas forças na nossa plataforma de doações para apoiar os esforços globais para fornecer ajuda humanitária aos que sofrem na Ucrânia e outros que fogem para um lugar mais seguro”, diz a nota.

A American Express, por meio de seu CEO, Stephen J. Squeri, escreveu em seu site no domingo que suspendeu todas as operações na Rússia e em Belarus. Os cartões Amex emitidos globalmente não funcionarão mais em comerciantes ou caixas eletrônicos na Rússia. Além disso, os cartões emitidos localmente na Rússia por bancos russos não funcionarão mais fora do país na rede global da American Express. “Também estamos suspendendo todas as operações comerciais em Belarus. Isso se soma às medidas anteriores que tomamos, que incluem a interrupção de nossos relacionamentos com bancos na Rússia impactados pelas sanções governamentais dos EUA e internacionais”, escreveu.

Essas seis empresas (contando com Visa e Mastercard) juntaram-se a outras big techs que já bloquearam ou interromperam a venda de seus produtos ou serviços. Foi o caso de Apple – que interrompeu as vendas de seus produtos no país –, Spotify – que fechou seu escritório na Rússia –, além de Airbnb – que interrompeu suas operações na Rússia e em Belarus – e Facebook e Twitter, que tiveram suas plataformas suspensas pelo governo depois de serem acusadas de censura.

Vale lembrar que o Airbnb está oferecendo moradias gratuitas em países vizinhos à Ucrânia para refugiados.