O Guia de Motéis, conhecido site para busca de motéis nas cidades brasileiras, lançou recentemente o Guia de Motéis Go (Android, iOS), aplicativo que permite ao usuário procurar hospedagens via geolocalização, selecionar por preço/desconto e fazer reserva de suíte.

“Devemos terminar 2018 com 100 estabelecimentos cadastrados. E, em 2019, com 500. Acreditamos que quando o negócio crescer teremos uma receita muito maior que a venda de publicidade do nosso site. Atualmente, o segmento de motéis no Brasil tem um mercado de R$ 5 bilhões por ano”, disse o diretor do app, Rodolfo Elsas em conversa com Mobile Time nesta sexta-feira, 7.

Como um dos diferenciais da plataforma, o executivo enfatiza a opção de reserva de suítes. Para ele, esta solução muda o paradigma do setor, uma vez que o cliente muitas vezes chega na porta do estabelecimento e não consegue o quarto com o preço que desejava, algo que pode gerar desconforto ao consumidor: “Temos mais de 1,5 milhão de acessos no Guia de Motéis, é um nicho grande. Mas o principal diferencial é a reserva. Isso vai mudar o modo de usar o motel”.

Uso

Elsas explicou que pelo lado do cliente, o consumidor baixa o app, se cadastra, busca o motel, escolhe a suíte, define o tempo de uso e paga pela hospedagem, via cartão de crédito. Pelo lado dos motéis, uma vez que a pessoa escolhe a suíte, ela fica travada pelo sistema de reservas do motel. Além disso, os comerciantes recebem um relatório com as reservas e pagamentos realizados via app.

“Sempre olhamos para o nosso negócio tentando buscar inovação. Essa ideia (app com reserva em motéis) era antiga. Algumas startups tentaram fazer mas não aconteceu, pois não era a hora certa. Hoje, a tecnologia móvel já permite”, completa. “Ano que vem faremos 20 anos de mercado. Somos o principal player do setor e, por isso, nós temos um papel forte de agregador. Pegamos as duas pontas: de um lado, o tráfego qualificado dos motéis, e, do outro, os motéis cadastrados que tínhamos na outra ponta”.

Modelo de negócios indefinido

Questionado sobre o modelo de negócios, o diretor do app dissera que ainda não há definição. Ele explicou que, no momento, não está cobrando dos motéis cadastrados e nem dos clientes. Para ele, a ideia inicial é escalar o negócio no começo, sem cobrança, para ter um formato de remuneração mais adiante. Entre os ganhos em estudo estão: cobrança de uma taxa do consumidor ou retirar um percentual do pagamento do cliente para o motel.

Questionado se este é um momento de provação do app, o executivo acredita que não, uma vez que o app foi testado durante um ano e, com poucos motéis cadastrados, trouxe um R$ 1 milhão em reservas de quartos. A expectativa da empresa é que, em cinco anos, a receita com o app chegue a R$ 5 milhões.

Futuro

Atuando na região da Grande São Paulo e em Campinas, ele revelou ainda que haverá um processo de expansão do negócio para outras capitais brasileiras durante 2019. Já estão no roadmap da empresa Curitiba, Porto Alegre, Goiânia, Distrito Federal, Fortaleza, Recife e Salvador, sendo que Rio de Janeiro e Belo Horizonte serão as primeiras com o app ainda no primeiro semestre.

Sobre atualizações do app, o diretor ressaltou que estão procurando melhorar primeiro a parte de usabilidade para os usuários. Em relação à parte para os comerciantes, a plataforma deve se tornar uma fonte de gerenciamento de receita (revenue management, em inglês), de forma que ajude os donos de motéis a administrarem os preços com a demanda dos clientes.