O Google lançou nesta quarta-feira, 6, seu novo modelo de inteligência artificial, o Gemini 1.0. A ferramenta é multimodal nativa, pré-treinada em diferentes modalidades desde o início, para que possa compreender e raciocinar sobre diferentes informações, além de ser flexível para ser usada desde em data centers até em dispositivos móveis.

O Gemini 1.0 é capaz de reconhecer e compreender textos, imagens e áudio, ao mesmo tempo, para entender melhor informações diferenciadas e poder responder perguntas relacionadas a tópicos mais complexos. Segundo o Google, isso o torna uma máquina eficiente em explicar o raciocínio em assuntos como matemática e física.

Para todas as suas funcionalidades e para ser usado em diferentes circunstâncias, a IA generativa é apresentada em três tamanhos:

– Gemini Ultra: modelo maior e desenvolvido para tarefas altamente complexas;

– Gemini Pro: modelo para escalar uma alta gama de tarefas;

– Gemini Nano: modelo para dispositivos móveis.

Talvez pela falha desastrosa do Bard, sua primeira IA generativa, logo em seu lançamento, o Google fez questão de frisar que o Gemini 1.0 “pensa com mais cuidado antes de responder perguntas mais complexas”, levando a “melhorias significativas se comparado com uma resposta baseada apenas em suas primeiras impressões”.

A nova IA também entende, explica e gera algoritmos, códigos de linguagens como Python, Java, C++

Disponibilidade

Bard receberá uma versão do Gemini Pro para raciocínio, planejamento, compreensão mais avançados, entre outras funções. A novidade estará disponível em mais de 170 países e territórios e ganhará expansões para diferentes modalidades além de suporte para outros idiomas “em um futuro próximo”.

O smartphone Pixel 8 Pro será o primeiro a receber o Gemini Nano, a versão da IA para dispositivos móveis.

E, nos próximos meses, o Gemini estará disponível em mais produtos e serviços como Pesquisa, Anúncios, Chrome e Duet AI.

O Gemini Pro para desenvolvedores e clientes corporativos estará disponível no dia 13 de dezembro por meio de API no Google AI Studio ou no Google Cloud Vertex AI.

Em breve, desenvolvedores Android também terão acesso ao Gemini – no caso, sua versão Nano – por meio do AICore, um novo recurso de sistema disponível no Android 14.

No caso do Gemini Ultra, a ferramenta de IA generativa estará disponível para clientes corporativos, desenvolvedores, especialistas em segurança e parceiros para que possam experimentar e dar feedback sobre o seu uso. Ele estará disponível a partir do ano que vem.

Segurança

O Google também reforça que o Gemini foi desenvolvido com responsabilidade e segurança em seu core. Para isso, além de seguir as políticas da empresa sobre os Princípios de IA, o Google vem adicionando novas proteções à nova IA generativa para dar conta dos recursos multimodais da ferramenta.

A empresa se preocupou em reforçar a segurança em temas como preconceito, toxicidade, mas também ofensa cibernética e persuasão. Procurou ainda pontos cegos na abordagem de avaliação interna e trabalhou com um grupo diverso de especialistas e parceiros externos para testar a segurança do Gemini em questões como essas citadas.

A nova IA generativa é resultado da colaboração entre equipes do Google Research, o time do Google DeepMind, entre outros setores da empresa.

“Agora, estamos dando o próximo passo em nossa jornada com o Gemini, nosso modelo mais capaz e geral até o momento, com desempenho de ponta em muitos dos principais benchmarks”, escreveu Sundar Pichai, CEO de Google e Alphabet na apresentação da nova IA generativa. “Estes são os primeiros modelos da era Gemini e a primeira concretização da visão que tínhamos quando formamos o Google DeepMind no início deste ano. Esta nova era de modelos representa um dos maiores esforços científicos e de engenharia que empreendemos como empresa. Estou genuinamente animado com o que está por vir e com as oportunidades que Gemini abrirá para pessoas em todos os lugares”, completou o executivo.