Michele Obama

Michelle Obama em um vídeo sobre as eleições ao senado no estado da Geórgia

Depois de a congressista democrata Nancy Pelosi afirmar que o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, deveria remover Donald Trump do poder por meio da 25ª emenda e, caso não o fizesse o congresso norte-americano deveria pedir o seu impeachment, foi a vez de Michelle Obama se manifestar, mas com um outro pedido. A ex-primeira dama convocou as empresas do Vale do Silício a tomarem uma atitude: banir o presidente e repensar seu papel na violenta manifestação pró-Trump que aconteceu no Capitólio na última quarta-feira (6).

Obama também comparou as últimas manifestações com as do movimento Black Lives Matters (Vidas Negras Importam), que aconteceu em todo o país de forma pacífica, enquanto a invasão no Capitólio pró-Trump foi criminosa. A ex-primeira dama exigiu uma reparação específica para líderes e operadores de plataforma da indústria de tecnologia.

“Agora é a hora das empresas pararem de permitir esse comportamento monstruoso – e ir ainda mais longe do que já fizeram, banindo permanentemente esse homem de suas plataformas e implementando políticas para evitar que sua tecnologia seja usada pelos líderes do país para alimentar a insurreição”, Obama escreveu em sua declaração, que ela compartilhou no Twitter e no Facebook.

Até o momento, nenhuma rede social acatou a sugestão de Michelle Obama. O Twitter (Android, iOS) excluiu duas mensagens do presidente na última quarta-feira além de um vídeo que também foi publicado no Facebook (Android, iOS), Instagram (Android, iOS) e Twitch (Android, iOS). O Twitter optou por bloquear a conta de Trump por 12 horas. Na noite da última quinta, o presidente voltou com um vídeo num tom mais suave, conciliatório.

No caso do Facebook, depois de bloquear o vídeo de Donald Trump, estimulando seus partidários ao ato violento, a empresa de Mark Zuckerberg bloqueou por pelo menos duas semanas o presidente dos EUA. O mesmo aconteceu no Instagram.

O Twitch também desativou o canal do presidente pelo menos até o final de seu mandato, enquanto o Shopify removeu as lojas de mercadorias oficiais de Trump de sua plataforma.

O senador Mark Warner também apontou o uso indevido das mídias sociais como uso para “semear a discórdia e a violência”.