A Câmara Municipal da cidade de Nova Iorque aprovou nesta quarta-feira, 8, a suspensão de novas licenças da Uber e de outras empresas de aplicativo de transporte individual de passageiros por um ano. De acordo com o New York Times, a legislação também exigirá que os motoristas recebam um salário mínimo.

O prefeito Bill de Blasio e Corey Johnson, presidente da Câmara Municipal, dizem que as leis reduzirão o congestionamento das ruas e melhorarão os baixos salários dos motoristas.

“Estamos fazendo uma pausa na emissão de novas licenças em uma indústria que foi autorizada a proliferar sem qualquer verificação ou regulamentação adequada”, disse Johnson antes da votação, acrescentando que as regras não diminuiriam o serviço existente para os nova-iorquinos.

De acordo com o site da CNBC, o limite de um ano para novas licenças para veículos de passeio será utilizado para que a Taxi and Limousine Commission (TLC) estude os efeitos desse tipo de serviço na cidade. O limite não se aplica a veículos novos acessíveis a cadeiras de rodas ou a veículos novos que atendam a uma área que demonstre necessidade de maneira que não aumente o congestionamento.

Preços altos e mais espera

A Uber respondeu alertando que os preços poderão aumentar e o tempo de espera deverá ser maior se a empresa não conseguir suprir a crescente demanda na cidade. Os serviços de passeio baseados em aplicativos representam 80 mil veículos em Nova York e fornecem 17 milhões de viagens por mês, de acordo com um estudo da The New School for the TLC. Um aumento no número de passageiros coincidiu com o aumento da frustração do residente com o sistema de metrô local.

A nova legislação chega num momento conturbado quando foram registrados seis suicídios entre os motoristas da Uber nos últimos seis meses devido a questões financeiras.

Lyft

O vice-presidente de políticas públicas da Lyft, Joseph Okpaku, disse que o limite do número de carros pode ser prejudicial para as comunidades carentes de táxis amarelos.

“Esses cortes radicais nos transportes levarão os nova-iorquinos de volta a uma era de dificuldades para conseguir uma carona, especialmente para as comunidades de cor e nos bairros mais distantes”, afirmou ele em um comunicado. “Nós nunca vamos parar de trabalhar para garantir que os nova-iorquinos tenham acesso a transporte confiável e acessível em todos os bairros”.