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Recentemente, o WhatsApp (Android, iOS) anunciou mais mudanças em seu aplicativo, pavimentando o caminho para a funcionalidade de Comunidades. São três novidades: 1) possibilidade de reagir a uma mensagem; 2) compartilhamento de arquivos de até 2 GB; 3) e grupos com até 512 membros. No entanto, o Brasil ficou de fora do aumento do limite dos grupos para 512 pessoas. Essa novidade não será testada no mercado brasileiro até o fim deste ano.

Um asterisco no comunicado da empresa diz o seguinte: “Conforme já informado, com base exclusivamente em nossa estratégia de longo prazo para o Brasil, esta funcionalidade só será implementada após ser testada em outros mercados, de acordo com o calendário já divulgado para as Comunidades no WhatsApp.”

Ou seja, o Brasil não receberá essa atualização no momento, mas as outras duas, sim. Vale lembrar que o app de mensageria assinou um termo de adesão com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ao Programa de Enfrentamento à Desinformação.

À época, Will Cathcart, diretor do WhatsApp, elogiou o programa de enfrentamento à desinformação do TSE, como um exemplo na proteção de processos eleitorais no mundo inteiro. Ele salientou ainda as parcerias do aplicativo neste combate e estabeleceu novos compromissos.

“Nós acreditamos firmemente em proteger a privacidade das conversas das pessoas e acreditamos em mudanças cuidadosas como limites para o encaminhamento de mensagens, que desencorajam a desinformação ao mesmo tempo que respeitam a privacidade. Nós manteremos as medidas efetivas que tomamos e não estamos planejando nenhuma mudança significativa para o WhatsApp no Brasil durante o período eleitoral”, disse o executivo, deixando claro que não faria mudanças no app de mensageria neste ano.

Porém, quando o WhatsApp anunciou os testes das comunidades, o presidente Jair Bolsonaro indignou-se com o fato de o Brasil não participar do projeto por conta de um acordo assinado com o TSE e reivindicou que o País deveria ter a atualização. Dias depois, em uma reunião com representantes do app, o governo se conformou que a decisão de não lançar as comunidades no Brasil faz parte da estratégia da empresa e só estará disponível no fim do ano. Em comunicado, o WhatsApp informou que: “É importante ressaltar que a decisão sobre a data de lançamento deste recurso no Brasil foi tomada exclusivamente pela empresa, tendo em vista a confiabilidade do funcionamento do recurso e sua estratégia de negócios de longo prazo. Essa decisão não foi tomada a pedido nem por acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”.

Assim, para evitar confusões, foi colocado o asterisco explicando que a funcionalidade dos grupos de 512 pessoas não será implementada, no momento, no Brasil, mas somente quando for testada em outros mercados.

Vale lembrar que o WhatsApp está instalado em 99% dos smartphones no País, segundo pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box.

As comunidades

O anúncio dos testes das comunidades aconteceu em meados de abril. Sua proposta é ser uma nova forma de organizar  grupos e formar subgrupos. Mas, ao contrário do Telegram, por exemplo, o WhatsApp não aceitará grupos com centenas de milhares de participantes.

Os participantes poderão receber, via administradores, atualizações enviadas para toda a Comunidade e organizar facilmente grupos de discussão menores. Contará ainda com novas funcionalidades como fazer chamadas de voz para até 32 participantes.

No entanto, não vai haver mecanismo de busca de comunidades. Desta forma, uma pessoa só poderá fazer parte de um grupo se for convidada por um dos seus administradores. Isso é uma diferença crucial em relação à funcionalidade de canais do rival Telegram, que permite a qualquer usuário pesquisar canais pelo seu nome e ingressar diretamente neles independentemente de convite.