Rede

As máquinas de POS da Rede tiveram um aumento de 34 vezes na quantidade de transações por aproximação no primeiro trimestre se comparado com o mesmo período de 2019 –momento totalmente pré-pandemia e sem suas influências. O número foi apresentado por Moisés Nascimento, diretor de estratégia e engenharia de dados do Itaú Unibanco, nesta quarta-feira, 9, em evento com apresentação dos dados do estudo Análise de Comportamento de Consumo. Em 2020, o crescimento foi 4,4 vezes mais, no período analisado, enquanto em 2019, 7,7 vezes.

O share do NFC nas transações físicas no primeiro trimestre de 2021 também cresceu, dessa vez, 28 vezes nos últimos dois anos e, atualmente, representa 8,5% das transações físicas. Em 2020, representava 2% e, em 2019, 0,3%.

Moisés explicou em sua apresentação que o NFC está espalhado de forma homogênea no Brasil. No norte, por exemplo, o share da tecnologia de pagamento por aproximação é de 5,8%, a mesmo proporção do nordeste. No sudeste, aumenta para 8,5%. No sul está em 10,3% e, no centro-oeste, em 10,6%

Compras

O Banco Itaú também identificou no estudo um crescimento de 32,5% nas compras online no primeiro trimestre de 2021 na comparação com o mesmo período em 2020. Em março, houve um pico de 58,4%, transformando-se no mês de maior adaptabilidade à crise causada pelo novo coronavírus.

De acordo com Nascimento, é importante ressaltar que, neste caso, houve um movimento não capturado com os estabelecimentos recebendo pedidos online, mas com o pagamento sendo realizado por meio de máquinas POS, ou seja, presencialmente. “Isso inviabilizou o levantamento fidedigno de todas as transações realizadas de forma não presencial”, explicou em sua apresentação.

O executivo também apontou para o aumento do share das compras online, que ficou em 20,9%. Assim como fez com o NFC, o executivo do banco comparou com os números do primeiro trimestre de 2019 (16,1%) e também de 2020 (17,2%). Assim, tem-se uma ideia de como estava a situação em um período pré-pandemia. “Já notávamos um crescimento com a evolução dos modelos de e-commerce e esse aumento do share se acentuou na pandemia”, disse.

O consumo como um todo viu crescimento. No físico, foi de +3,7% ano contra ano, e no online, de +32,5%, sendo que os aplicativos e restaurantes tiveram um incremento no valor transacionado de +143%, e as lojas de departamento, +135,7%. A título de comparação, os setores que tiveram maior aumento do valor transacionado no físico foram os atacadistas (+37,3%) e materiais de construção (+35,9%).

Os segmentos que registraram queda nos valores transacionados no online foram Turismo (-46,7%) e Lazer (-14,3%). Já no físico, educação (-32,1%) e Turismo (-27,8%) sentiram as maiores quedas.

Cartão virtual

Houve também um incremento do valor transacionado nas compras online com o cartão virtual – aquele geralmente criado pelo app do banco para uma compra apenas – de 163% ano a ano. Segundo o executivo, seu uso foi impulsionado pela geração Z – que aumentou em 457%.

Banco Itaú