A Huawei oficializou nesta sexta-feira, 9, o lançamento do seu novo sistema operacional. O HarmonyOS – ou HongMeng na China – será de código aberto e poderá ser aplicado em diferentes dispositivos inteligentes, como telas, sistemas de veículos, alto-falantes, relógios, tornando o ecossistema integrado e compartilhado entre esses aparelhos. Ou seja, um único OS para diferentes aplicações. De acordo com Richard Yu, CEO da área de Consumer Business Group da Huawei, o sistema operacional pode ser usado em smartphones a qualquer momento, mas, por enquanto, a empresa está dando prioridade ao Android. O anúncio aconteceu na conferência para desenvolvedores da empresa chinesa.

Yu explicou em seu pronunciamento à imprensa: “Estamos entrando em uma era em que as pessoas esperam uma experiência holística inteligente em todos os dispositivos e cenários. Para dar suporte a isso, achamos importante ter um sistema operacional com recursos de plataforma cruzada aprimorados. Precisávamos de um OS compatível com todos os cenários, que pode ser usado em uma ampla variedade de dispositivos e plataformas, e que pode atender à demanda do consumidor por baixa latência e segurança”. E continuou: “O HarmonyOS é completamente diferente do Android e do iOS. O HarmonyOS possui arquitetura confiável e segura, e oferece suporte à colaboração entre dispositivos. Você pode desenvolver seus aplicativos e implementá-los de maneira flexível em dispositivos diferentes”, completou.

Vale lembrar que a Apple possui um sistema operacional para cada dispositivo seu: MacOs, para os computadores, iOs, para os smartphones, watchOs, para os relógios inteligentes, iPadOs, para os tablets, e o tvOS, para a Apple TV.

A Google também não fica atrás com o ChromeOS, para os computadores, WearOs para os vestíveis como os smartwatches, Android Things, para dispositivos de Internet das Coisas, e o Android Auto, para sistemas multimídia de veículos.

A notícia já era esperada entre especialistas e chega na mesma semana em que o Congresso dos Estados Unidos impõe ainda mais restrições à fabricante chinesa. A ideia é que a Huawei fique cada vez menos dependente da tecnologia norte-americana.