Elon Musk

O CEO do Twitter, Parag Agrawal, confirmou que Elon Musk não terá presença no conselho de administração da companhia. Em publicação na rede social na madrugada desta segunda-feira, 11, o executivo compartilhou para os demais usuários as informações que enviou aos seus funcionários: “Elon Musk decidiu não se juntar ao nosso conselho”, escreveu na abertura do texto.

Em seguida, Agrawal relatou apenas “aquilo que poderia falar”, da entrada do sócio até a vontade de Musk de não assumir a cadeira, mesmo com este sendo o maior acionista individual da empresa com 9% do total de ações, uma movimentação feita na última semana:

“O conselho e eu conversamos várias vezes sobre a entrada de Elon (Musk), e com Elon diretamente. Estávamos entusiasmados para colaborar e esclarecer os riscos. Também acreditávamos que ter Elon como fiduciário da empresa, onde ele tem que agir no melhor interesse da empresa, como todos os membros do conselho, seria o melhor caminho a seguir. Portanto, o conselho ofereceu uma cadeira para ele.

Anunciamos na terça que ele seria indicado ao conselho após uma checagem de antecedentes e aceitação formal. Elon assumiria a posição no dia de 9 de abril, mas na mesma manhã Elon compartilhou que não assumiria mais a posição. Acredito que é para o melhor. Nós valorizamos e sempre vamos valorizar as opiniões de nossos acionistas, independentemente se eles estão ou não no conselho. Elon é o nosso maior acionista e estaremos abertos para suas ideias”.

Na publicação, o CEO do Twitter confirmou ainda que “haverá muitas mudanças” na empresa, mas as “metas e prioridades continuam as mesmas”. Disse ainda que o poder de decisão e a forma como as executam continuam em suas mãos e de seus funcionários, e pediu para “cessar as dissonâncias” e “focarem no trabalho e naquilo que estão construindo”.

Vale lembrar que logo após Musk confirmar a compra de 9% das ações do Twitter, os funcionários demonstraram preocupação com a entrada do novo sócio. Em especial pelas posições polêmicas e pouco progressistas que o investidor defendeu diversas vezes na rede social, como críticas aos pronomes e cultura de gênero, chamar um mergulhador de cavernas de pedófilo e ameaçar tirar a Tesla de listagem pública – este último resultou em multa e punição da SEC ao executivo e à montadora.