Um estudo com 123 executivos de TI feito pela Logicalis revelou uma queda vertiginosa de 43 pontos percentuais na aquisição de aplicações que atendem a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) na lista de prioridades, de 51% para 8% entre 2021 e 2022. Por outro lado, o percentual dos profissionais que afirmam estar completamente adaptados à regulação de dados pessoais subiu 25 p.p., de 11% para 36%.

Divulgado nesta terça-feira, 11, o estudo foi feito em agosto de 2022 e revela os principais desafios na adequação à LGPD. Entre eles, estão:

  • adequação de processos (para 26% dos entrevistados);
  • engajamento de processos (18%);
  • segurança de dados (17%);
  • mapeamento de dados pessoais (10%).

Barreiras nas empresas como apoio do alto comando (8%) e cultura empresarial (7%) também foram citadas.

Trabalho híbrido, só que não

Outro tema que está bem discrepante com o discurso das empresas é o trabalho híbrido. Mais da metade (55%) dos executivos responderam que 80% dos seus funcionários voltaram ao trabalho presencial pleno. Entre aqueles que são mais flexíveis, 18% fazem o trabalho híbrido com idas ao escritório três vezes por semana, 15% com obrigação de aparecer pelo menos uma vez por semana no local de trabalho, 9% não têm nenhuma exigência de ida ao escritório, e 3% têm a maioria de seus profissionais em home office total.

Entre os motivos que os líderes citam como danosos para as empresas no home office estão: redução na interação (14%); excesso de lives (12%); controle remoto ineficaz (11%); e piora na qualidade de vida das pessoas (9%). Já os executivos que optaram pelo home office afirmam que o principal benefício é justamente a qualidade de vida dos colaboradores (21%), seguido por aumento da produtividade (17%), flexibilidade (13%) e soluções de colaboração online (7%).

Segurança e IA

Se LGPD e trabalho híbrido não são prioridades nas empresas, os chefes de TI veem a segurança da informação (58%) como principal preocupação, um aumento de 5 pontos percentuais ante 53% da pesquisa em 2021. Entre as soluções que mais buscam estão: mecanismos de recuperação (73%); plano de recuperação de desastres (63%); mapa das interdependências entre infraestruturas (46%); e planos formais de continuidade operacional (46%).

Outro tema que passa a ficar mais forte na agenda é o uso de data analytics e inteligência artificial, uma vez que dois terços (64%) adotaram ou estão em processo de adoção. Entre as áreas de empresa que são beneficiadas por analytics ou IA estão: comércio/vendas (49%); produção e operação (47%); administrativa e financeira (31%); atendimento ao cliente (16%); marketing (11%); e TI (11%).

Entre as soluções mais usadas pelas equipes, estão os softwares de colaboração (90%), seguidos por softwares de produtividade em nuvem (84%) e aplicações complexas em SaaS (58%).