Os celulares (smartphones e feature phones) foram a categoria mais vendida no comércio eletrônico do País em 2022, totalizando R$ 16,8 bilhões. Somente os smartphones foram responsáveis por R$ 12 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio por meio de um painel sobre e-commerce lançado nesta quinta-feira, 11.

São Paulo foi o estado com mais arrecadação de saída de nota fiscal, R$ 5,3 bilhões, assim como o estado com mais destinatários, R$ 5,1 bilhões. Nota-se que na segunda posição do ranking de smartphones entre as UFs emissoras está a Paraíba, com R$ 2,3 bilhões. Isso porque o estado baixou o ICMS para e-commerces no ano passado, um benefício que atraiu empresas como Magalu e Fast Shop para a região. Vale dizer que o estado é responsável somente por R$ 350 milhões em destinatários.

Outro estado que também oferece redução fiscal, Minas Gerais, aparece empatado com a Paraíba em emissão (R$ 2,3 bilhões) e em segundo em destinatário (R$ 2 bilhões). Por sua vez, o Espírito Santo, um dos destinos favoritos das plataformas de logística e comércio eletrônico, aparece em quinto no ranking de emissores, com R$ 1 bilhão, e nem figura entre os dez principais destinos de handset do País.

Telecom

Os produtos de telecomunicações em geral, como telefones sem fio, celulares e roteadores, tiveram uma receita de R$ 19 bilhões no e-commerce brasileiro no último ano. Novamente, São Paulo é o estado com mais envios registrados, R$ 6,3 bilhões, e com mais destinatários, R$ 5,83 bilhões. Minas Gerais também aparece com a mesma dinâmica na segunda posição, com R$ 2,5 bilhões em emissões e R$ 2,1 bilhões em destinação. Na terceira posição, a Paraíba volta a se destacar entre os estados emissores, com R$ 2,4 bilhões do total. Mas o Rio de Janeiro fica em terceiro entre as UFs como destino dos produtos, R$ 1,75 bilhão.

Histórico

Publicado pela primeira vez, o painel do MDIC traz um histórico dos últimos seis anos de atividade do e-commerce. Em todo esse período, a compra de produtos de telecomunicações no mercado brasileiro somou R$ 78 bilhões. São Paulo lidera nas transações de emissão (R$ 30,5 bilhões) e de destino (R$ 23,6 bilhões). Separando apenas os celulares, o acumulado do período é de R$ 72 bilhões. O estado lidera como o que mais emite (R$ 27,5 bilhões) e recebe (R$ 21,6 bilhões).