A AMD acredita que o seu avanço no 5G na região latino-americana dependerá muito do avanço conjunto de seus parceiros e OEMs, como Nokia, Ericsson, Lenovo, HPE, Dell e Supermicro, uma vez que esses players têm relacionamento mais estreito com as operadoras de telecomunicações. Além disso, Alexandre Amaral, diretor de vendas de cloud e data center para a AMD na América Latina, explicou que as operadoras estão cada vez mais exigentes nas tecnologias que consomem.

Os datacenters entram para colaborar com a transferência de dados no 5G, em especial para diminuir o consumo de dados no terminal. Ao mesmo tempo, a demanda crescente de dados deve aumentar os workloads. Em conversa com Mobile Time para falar sobre a evolução dos data centers na era da quinta geração das redes celulares na América Latina, o executivo explicou que as operadoras de telecomunicações querem três principais métricas:

  1. Menor latência;
  2. Melhor performance;
  3. Redução de energia.

Desses três pilares que estão guiando as conversas da AMD e seus parceiros OEMs que oferecem seus equipamentos e serviços junto às operadoras, a principal no momento é a redução de consumo de energia, uma vez que está se tornando um tema crítico com muitos data centers consumindo muita energia: “Em 2024 vamos ouvir bastante em lift curing e os OEMs começam a se preparar para isso, a próxima fase dessa jornada, que é o cuidado com o resfriamento do equipamento”, completa.

Contudo, Amaral explica que a demanda depende da estratégia de cada operadora. Tanto que algumas focam em melhor performance e menor latência para entregar serviços de qualidade para os assinantes das operadoras, como o streaming de vídeo, que precisa de ambos.

Parcerias

O diretor de vendas da AMD explicou que, para a companhia, o avanço no 5G é um jogo de parcerias, como acontece com o OpenRAN, o padrão de redes abertas, e o vRAN, as redes virtualizadas: “O avanço da AMD em relação ao OpenRAN ocorre por meio de parcerias estratégicas com foco no futuro das telecomunicações”, diz.

Amaral afirma que a companhia tem um longo histórico de “viabilização de soluções abertas baseadas em padrões e continuaremos apoiando, juntamente com os principais parceiros deste ecossistema”. Entre as ações desenvolvidas com parceiros focadas em OpenRAN, o profissional cita o caso da OEM de telecom Parallel Wireless, que passou a usar os processadores AMD EPYC série 8004 em suas soluções OpenRAN, unindo os recursos de sua plataforma cruzada com o desempenho por watt da AMD.

Imagem principal: Arte de Nik Neves para Mobile Time