Wali

Guilherme Rajzman é CEO da Wali, empresa de compartilhamento de carros atuando no B2C e no B2B no Rio de Janeiro. Foto: divulgação

Guilherme Rajzman resolveu trocar o doce pela tecnologia. O jovem empreendedor era sócio de uma empresa de fabricação de cookies para revenda em postos de gasolina, mas o interesse pela tecnologia falou mais alto e, depois de mais de dois anos no empreendimento gastronômico, resolveu sair para montar a Wali (Android, iOS), uma startup de car sharing que nasce no Rio de Janeiro, em 2019. Atualmente com uma frota de 15 veículos espalhadas em condomínios e shoppings parceiros, a meta é chegar a 15 até o final do mês e entre 20 e 30 até o final do ano. Atualmente, a empresa tem entre um e três veículos em três condomínios, um hotel e cinco shoppings da região além de ter fechado parceria com a Protel, empresa administradora de cerca de 300 condomínios na cidade. As operações neste caso começam em setembro. E, apesar de estar concentrado na Barra da Tijuca, ainda em agosto a empresa chegará na Gávea (no Shopping da Gávea) e, em setembro, em Copacabana.

“Queremos estar em todas as regiões do Rio até o final de 2021 a partir de parcerias com shoppings, hotéis e estacionamentos privados”, almeja Rajzman, CEO da Wali.

Além do executivo que conversou com Mobile Time, a startup conta com outros três sócios: Carlos Alberto de Andrade, COO, Wagner Shimatai (CTO) e Fernando Duarte (CTO Hardware). “A Wali é a única empresa que tem dois CTOs”, brinca o cofundador da empresa. Duarte é especialista em hardware para Internet das Coisas, e Shimatai em software computação em nuvem. Desde o dia zero, os sócios colocaram R$ 600 mil em investimento e a empresa de compartilhamento de carros se diferencia dos concorrentes por ter tecnologia proprietária. “Com isso, ganhamos mais flexibilidade para fazer alterações, é mais barato”, conta.

A pandemia do novo coronavírus atrasou os planos de lançamento da Wali. Em janeiro deste ano o MVP ficou pronto, mas a segunda onda paralisou o avanço da operação novamente e a empresa terminou fevereiro com quatro veículos e estagnaram até abril. Nesse tempo, aproveitaram para aprimorar o produto, em especial a lógica do backend. “Antes, o usuário levava 15 segundos para desbloquear o carro. Agora, são 2 segundos”, explica Rajzman.

No modelo de negócios B2C, a Wali fecha parceria com o condomínio, shopping center ou hotel, que, por sua vez, reservam vagas exclusivas para os carros da empresa. Não há custo para os estabelecimentos. Para os usuários, é possível pagar a viagem livre (R$ 9,90 + R$ 0,90 por quilômetro rodado), planos mensais (R$ 60 por dia + R$ 0,60 o quilômetro rodado) ou por dias. Para esse modelo é preciso consultar o app. O cliente abre o carro pelo app e pega as chaves no porta-luvas. É preciso devolver o carro (na mesma estação que pegou) com um quarto do tanque cheio.

A Wali conta também com o modelo B2B, que cresceu a partir de demandas de empresas frotistas. A ideia é embarcar a tecnologia da startup em seus carros e controlar a frota de veículo. Segundo o CEO, o segmento poderá alimentar “Já assinamos com dois clientes corporativos – uma construtora de Santa Catarina e uma locadora de carros para empresas. A solução permite o desbloqueio do carro por aplicativo, que conta com reconhecimento facial.

Até 2022, a expectativa é ter de 80 a 100 carros rodando na cidade. “No modelo B2C estamos equilibrados (financeiramente), mas vemos que não é tão necessário ter uma escala muito grande. Ele (B2C) é complementar para adotarmos o modelo B2B, onde será o nosso maior ganho de escala”, explica o CEO.