A televisão está vendo os espectadores norte-americanos cada vez menos interessados em ficar muito tempo ligados em sua tela. O que não acontece com os celulares. Em 2018, os adultos vão gastar 3h50 à frente da TV. Porém, desde 2012, quando à época eram 4h37, esse tempo vem diminuindo. Já a média de horas em smartphones vem crescendo desde 2013. Naquele ano, os norte-americanos gastavam 2h12 diante da telinha. Agora, o estudo Mobile Marketing Trends Roundup, do e-Marketer, aponta para 3h35, um aumento de 63%. O jogo deve virar em 2019, quando o tempo gasto nas TVs será de 3h42 e, no celular, um minuto a mais, 3h43. A expectativa da pesquisa é que, no ano seguinte, o smartphone se distancie mais, indo para 3h49 e a TV caia para 3h40.

De acordo com a análise da pesquisa, o smartphone pode ter algumas ameaças à ascensão do aparelho e, com isso, comprometer o tempo gasto nele. É o caso de novas categorias de dispositivos chegando com tudo ao mercado, como alto-falantes inteligentes, carros inteligentes, vestíveis e headsets de realidade virtual.

Paralelamente, há uma reação crescente contra o estilo de vida digital. Já estamos vendo um declínio no tempo gasto com tablets, que atingiu um ponto de inflexão em 2016, quando a média de adultos nos EUA foi de 70 minutos. Essa média diminuiu cerca de um minuto para 68,7, e essa suave tendência de queda deve continuar nos próximos anos.

Assim como os smartphones maiores e melhores diminuem os minutos nos tablets, os dispositivos mais novos, como os alto-falantes inteligentes, podem substituir os smartphones em algumas tarefas. Segundo o estudo, a estimativa é que mais de um terço da geração millennial usará um alto-falante inteligente pelo menos uma vez por mês em 2018, assim como aproximadamente um quarto da geração X.

Isso não quer dizer que a importância dos dispositivos móveis diminuirá. Muito pelo contrário. Ele estará no centro e todos os outros aparelhos estarão conectados a eles.