| Publicada originalmente no Teletime | Passando o bastão de presidente estatutário da Conexis durante o Painel Telebrasil Summit 2023 iniciado nesta terça-feira, 12, em Brasília, o CEO da Claro, José Félix, também trouxe para a mesa dois importantes temas na visão da empresa: a preocupação com a precarização de redes e a demanda por mais espectro para o segmento móvel, inclusive na faixa de 6 GHz.

As pautas foram colocadas pelo executivo ao lado de demandas setoriais, como um tratamento de serviço essencial na reforma tributária e o pleito por contribuição das big techs nas redes. No caso do 6 GHz, Félix revisitou demanda antiga das operadoras e que está no sentido contrário de algo definido pela Anatel para a faixa, totalmente reservada no País para usos não licenciados (como WiFi).

“Com 5,5G e 6G nós vamos precisar de mais frequência, e não sei se 6 GHz é a solução, mas pode sim uma disponibilização para o serviço celular. Com as larguras de banda [da faixa] pode ocorrer uma revolução frente ao que se tem hoje, com celular começando a ser competitivo na banda larga e colocando em questão a própria fibra óptica, que talvez volte a ser usada como meio de transporte”, afirmou Félix – sugerindo alocação de 700 MHz da faixa de 6 GHz para serviços móveis.

Precarização

Sobre a preocupação com a conformidade de redes, Félix citou esforços em torno da pauta levantados pela Feninfra e também fez menção velada às regras de assimetria regulatória para pequenos provedores.

“Temos que cuidar de uma coisa que a Vivien [Suruagy, presidente da Feninfra] está dando alerta: sobre a questão da precarização de redes. Foram dadas muitas facilidades no Brasil, que talvez estejam de algum modo desgovernadas. Basta olhar a situação dos poste nas ruas, pois ali certamente tem questão a ser vista e isso vem da falta de controle e governança que está se vendo no País e nos serviços de telecom”, afirmou o presidente da Claro, no primeiro dia do principal evento da cadeia.